Milton Nascimento, uma celebração de reencontros na despedida

Mais do que concertos, as apresentações de Milton Nascimento em A Última Sessão de Música são uma celebração: do homem e da sua obra, em reencontros com amigos e o público. Isso ficou claro no primeiro destes concertos em Portugal, no Coliseu de Lisboa, na noite de dia 23.

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A Última Sessão de Música no Coliseu de Lisboa, na noite de 23 de Junho MARCOS HERMES

Reencontros com amigos, cidades, lugares, canções, públicos: tudo isto era para ter acontecido em 2020, depois da digressão onde Milton Nascimento celebrou a herança do Clube da Esquina e que o trouxe então a Portugal, em Junho de 2019, aos coliseus de Lisboa (dia 25) e Porto (dia 27). Mas intrometeu-se a pandemia e esse programado adeus aos palcos só agora se concretizou, também em Junho. Mais do que um concerto, A Última Sessão de Música que Milton protagoniza e na qual muito se empenhou (escolhendo músicas, cidades e palcos), é uma celebração de reencontros na despedida, essencial para ele, como sopro de vida e de felicidade, e para o (muito) público que o segue. Porque, como escreveu Fernando Brant (1946-2015, seu velho parceiro) em Encontros e despedidas, “chegar e partir/ São só dois lados da mesma viagem” e “o trem que chega é o mesmo trem da partida.”

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