Turismo de Lisboa investe 6,1 milhões em 2022 para promoção turística da região

Investimento surge num contexto de retoma pós-pandemia. Maior parte do investimento está a ser direccionado para os planos de comercialização das empresas nos mercados externos.

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ATL investe, em parceria com empresas do sector, na promoção turística da região Rui Gaudencio

A Associação de Turismo de Lisboa (ATL), em parceria com as empresas do sector, vai investir este ano 6,1 milhões de euros na promoção turística da região, num contexto de retoma pós-pandemia de covid-19, foi divulgado esta quinta-feira.

O anúncio foi feito esta tarde numa sessão pública que contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, do presidente adjunto da ATL, José Luís Arnaut, e do presidente da Entidade Regional do Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL), Vítor Costa.

Segundo referiu Vítor Costa, a maior parte do investimento previsto está a ser direccionado para planos de comercialização e vendas das empresas nos mercados externos (três milhões de euros), incluindo a participação em eventos internacionais, campanhas online e acções de promoção e venda junto de operadores ou outros canais.

Neste âmbito, foram aprovadas 46 candidaturas, com a participação de 101 empresas.

Já o plano de comercialização e vendas no mercado interno contempla um valor de 392 mil euros e “está direccionado para os pólos turísticos a potenciar ou em desenvolvimento definidos no plano estratégico” (Tejo, Costa da Caparica, Arrábida e Mafra), bem como para “os produtos transversais, como “surf”, sol e mar, golfe e natureza”.

“Aqui pretendemos dar um impulso em zonas menos desenvolvidas da região de Lisboa”, justificou Vítor Costa, adiantando que foram aprovadas 14 candidaturas, com a participação de 18 empresas, e que o programa ainda “está em aberto”.

Está também previsto um apoio à captação de congressos, eventos corporativos e associativos, estando alocado para este efeito uma verba de cerca de 510 mil euros. Nesse âmbito, até ao momento, foram aprovadas 78 candidaturas.

No que diz respeito ao programa de internacionalização de festivais e outros eventos culturais, está disponível uma verba de 250 mil euros, destinada a co-financiar planos de publicidade no estrangeiro “susceptíveis de captar público internacional adicional, tendo já sido aprovadas candidaturas para eventos como o “Rock in Rio”, “NOS Alive”, “Kalorama” e “Jazz em Agosto”.

Os restantes quase dois milhões de euros são destinados a financiar acções organizadas directamente pela ATL, com a participação dos seus associados, nomeadamente feiras internacionais, “workshops e webinares” internacionais, materiais promocionais, entre outros eventos.

Até ao momento, os programas de promoção conjunta entre a ATL e as empresas contam com a participação de 367 entidades.

O investimento de 6,1 milhões de euros previstos será financiado em 1,8 milhões pelas empresas, em 2,5 milhões de euros pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (taxa turística), um milhão de euros pela ERT-RL e os restantes 810 mil euros pelo Turismo de Portugal.

“O turismo é central e é uma prioridade para a Câmara de Lisboa”, afirmou no seu discurso o presidente do município, Carlos Moedas, ressalvando, contudo, que “tem de trazer alguma coisa para os lisboetas”, para “não criar fricções”.

O autarca social-democrata, que preside à ATL, elogiou o esforço dos privados na promoção turística, defendendo que esta “deve ser contínua”.

“A promoção deve ser consistente e sólida. Lisboa está cada vez na moda e não podemos desaproveitar”, apontou, lamentando, porém, as “filas longas” registadas à chegada ao Aeroporto de Lisboa que, segundo Carlos Moedas, “dá uma má imagem” do país.

Em 12 de Junho, a ANA Aeroportos indicou que os tempos de espera na área das chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram as três horas nesse dia, devido à “insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] em funcionamento”.

Já no domingo, o Ministério da Administração Interna assegurou que, durante o fim-de-semana, o processo de entrada e saída de passageiros no aeroporto de Lisboa tinha decorrido com “normalização”, com um tempo de espera médio de 35 minutos no sábado.

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