Protofeminista e “genial observador de costumes”: Molière, 400 anos depois

O teatro de uma das figuras incontornáveis da dramaturgia clássica continua a reverberar e a inscrever-se no presente. No ano em que se assinala a efeméride do seu nascimento, olhamos para várias declinações da obra do autor francês. Isto não é arqueologia, como comprova Tónan Quito na encenação de Tartufo, em cena no Teatro Nacional D. Maria II entre esta quarta-feira e domingo.

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Nesta encenação, Tónan Quito assume que "é preciso perceber como situar os clássicos nos tempos em que vivemos” Filipe Ferreira
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"Tartufo" está desta quarta-feira dia 22 a domingo no D. Maria II, seguindo depois para o Porto Filipe Ferreira
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Para o encenador “é um desafio para os actores/actrizes manter a vivacidade e a velocidade de uma comédia enquanto se trata assuntos com uma certa complexidade” Filipe Ferreira

Precursor da Comédie-Française, analista infalível das insuficiências humanas, burguês progressista e protofeminista (já lá vamos), mestre no jogo teatral de escancarar os vícios da sociedade através de personagens tão desprezíveis quanto sedutoras, tão satíricas quanto empáticas, Jean-Baptiste Poquelin, vulgo Molière (1622-1673), é um dos autores clássicos do teatro que melhor envelheceram e que ressoa estrondosamente no presente, sem precisar de grandes operações de actualização.

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