Cabril e a sua montanha parecem ter-se engalanado para nos receber - mas está na sua natureza esta maneira de se vestir na Primavera. Parece que estamos a ver em technicolor o cenário telúrico que a cada curva da estrada se desvenda pintado de verde e rosa, manchado por sombras graníticas que mais vezes do que menos irrompe em penedias rochosas. Aqui e ali surgem bosques, mais pequenos, maiores; aqui e além leiras, sinais da persistência humana em terra agreste. As aldeias irrompem, como que penduradas nas várias alturas (e vai de 300 a 1200 metros) em que se desenvolve esta freguesia de Montalegre. Entre elas, a natureza avassaladora, que ora se exibe ora se esconde em “segredos” que são a lembrança constante do ADN destas paragens: não faltam cascatas e lagoas em cores que se declinam entre o azul-turquesa e o verde-água, rios e ribeiros como vasos sanguíneos que correm à flor da pele ou subterrâneos - pode não ser o Gerês conhecido, apontam-nos constantemente, mas é Gerês de corpo inteiro. Que pede pés ao caminho.
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