Prémios Sophia entregues esta noite, com O Último Banho e Bem Bom na dianteira

A primeira longa-metragem de David Bonneville e o biopic das Doce lideram a corrida aos galardões do cinema português.

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O Último Banho lidera a corrida aos prémios Sophia, com 13 nomeações DR

Os filmes O Último Banho e Bem Bom são os mais nomeados para os prémios Sophia, que serão entregues esta noite, numa edição dedicada ao cinema de animação e que distinguirá o realizador Abi Feijó.

O Último Banho é a primeira longa-metragem do realizador David Bonneville e é candidato a 13 prémios Sophia, entre os quais os de Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original e melhores interpretação masculina e feminina, pelas prestações de Martim Canavarro e Anabela Moreira, respectivamente.

O filme conta a história do reencontro de uma mulher, prestes a cumprir os votos para a vida religiosa, com o sobrinho adolescente, abandonado pela mãe.

Também na dianteira, com 12 nomeações, está Bem Bom, de Patrícia Sequeira, uma ficção a partir da história da formação do grupo pop feminino Doce. O filme português mais visto em sala em 2021 está indicado para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original, Melhor Montagem ou Melhor Guarda-Roupa. Do elenco que interpreta o quarteto feminino, apenas está nomeada a actriz Lia Carvalho.

Ao prémio Sophia de Melhor Filme concorrem ainda Sombra e Terra Nova.

O Sophia de Melhor Realização é disputado entre Bruno Gascon (Sombra), Catarina Vasconcelos (A Metamorfose dos Pássaros), David Bonneville (O Último Banho) e Patrícia Sequeira (Bem Bom).

Nas categorias de representação, estão nomeados para o Sophia de Actor Principal Martim Canavarro, José Condessa (O Som que Desce da Terra), Miguel Borges e Pedro Lacerda, ambos por Terra Nova; ao Sophia de Actriz Principal concorrem Ana Moreira (Sombra), Anabela Moreira, Gabriela Barros (O Som que Desce da Terra) e Lia Carvalho.

Ao prémio de melhor documentário em longa-metragem concorrem A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, Prazer, Camaradas, de José Filipe Costa, Paraíso, de Sérgio Tréfaut, e Serpentário, de Carlos Conceição.

A Academia Portuguesa de Cinema atribui ainda um prémio para a melhor série de televisão ou telefilme, estando este ano nomeadas as séries Até que a Vida nos Separe e Pôr do Sol, ambas realizadas por Manuel Pureza, a segunda temporada de Auga Seca, de Toño Lopez e Sérgio Graciano, e Glória, de Tiago Guedes.

Este ano, a academia irá atribuir o Prémio Sophia de carreira ao produtor, realizador, programador e divulgador Abi Feijó, um dos nomes de referência do cinema de animação feito em Portugal.

Na sessão de anúncio dos nomeados, o presidente da Academia Portuguesa de Cinema, Paulo Trancoso, entregou ainda o prémio Arte & Técnica ao realizador Manuel Matos Barbosa e a Vanessa Alvarez, pelo projecto Cine-Caravana.

Manuel Matos Barbosa, artista plástico, realizador e cineclubista, 86 anos, está actualmente a concluir uma curta-metragem de animação, inspirada numa obra de Fialho de Almeida.

O projeto Cine-Caravana dedica-se à exibição gratuita de cinema português ao ar livre, tendo somado mais de cinco mil espectadores, entre Julho e Setembro de 2021.

A cerimónia da 11.ª edição dos Sophia está marcada para esta noite no Casino Estoril (Cascais), com transmissão televisiva na RTP2.

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