Barreiro-Montijo sem urgências de Obstetrícia durante esta noite

As utentes que precisem de recorrer ao serviço de urgência de Ginecologia/Obstetrícia serão encaminhadas para Setúbal ou para o Garcia de Orta. Hospital de Torres Vedras admite “constrangimentos” nas urgências de Pediatria.

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Centro Hospitalar Barreiro-Montijo encerra urgência de Obstetrícia pela segunda vez esta semana LM MIGUEL MANSO

As urgências de Ginecologia/Obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM) vão estar encerradas entre as 21h desta quinta-feira e até às 9h de sexta-feira, segundo um comunicado da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) divulgado na quarta-feira. ​Prevêem-se também “constrangimentos” nas urgências de Pediatria do Hospital de Torres Vedras.

As grávidas devem, assim, “dirigir-se/serão encaminhadas para outras unidades da rede”, nomeadamente para o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) e para o Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, assim como para as maternidades da cidade de Lisboa que, no referido período, estarão a funcionar com normalidade, lia-se na nota.

Não é a primeira vez que o hospital do Barreiro-Montijo fica sem serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia esta semana, tendo encerrado entre as 20h de segunda-feira e as 8h de terça-feira.

Na nota, a ARSLVT indicava também que, nos próximos dias, “poderão existir limitações em alguns hospitais, com desvios da urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da região, que assegurarão a resposta do SNS [Serviço Nacional de Saúde] e o seu funcionamento em rede”.

Na quarta-feira, fonte do Hospital Amadora-Sintra confirmou à Lusa que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU/INEM) o reencaminhamento, entre as 20h desse dia e as 8h desta quinta-feira, de utentes de ginecologia e obstetrícia para outros hospitais da região de Lisboa, “assegurando a resposta em rede dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde”. No entanto, segundo a mesma fonte, o estabelecimento hospitalar “permanecerá em funcionamento, assegurando os cuidados necessários a doentes urgentes/emergentes que compareçam na unidade” pelos seus próprios meios.

A maternidade do hospital não está encerrada e não encerrará, mas o serviço de urgência para Ginecologia e Obstetrícia estará condicionado, acrescentou.

No mesmo dia, o Centro Hospitalar do Oeste admitiu a existência de constrangimentos nas urgências do Hospital de Torres Vedras e considerou “previsíveis alguns constrangimentos na Urgência de Pediatria da Unidade, na noite de 16 de Junho”.

No passado dia 14, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) também já tinha anunciado que as urgências de Obstetrícia do hospital de Portalegre iriam encerrar a partir das 5h de quarta-feira e até às 8h de sexta-feira.

Numa conferência de imprensa realizada ao final da tarde de quarta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou a criação de uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de Ginecologia e Obstetrícia e bloco de partos dos hospitais, integrando coordenadores regionais e um nacional. Segundo disse a governante, a comissão replicará o modelo que já foi utilizado para maximizar a coordenação nacional na resposta às necessidades de medicina intensiva.

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