Vídeo de mulheres a serem espancadas provoca onda de indignação na China

Imagens de videovigilância que mostram homens a agredir mulheres num restaurante em Tangshan reacenderam o debate sobre o tratamento das mulheres.

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Nove pessoas foram detidas DR

Imagens de videovigilância que mostram homens a agredir mulheres num restaurante na cidade de Tangshan, no nordeste da China, desencadearam uma onda de indignação nas redes sociais chinesas, reacendendo o debate sobre o tratamento das mulheres.

O vídeo, que se tornou viral na rede social chinesa Weibo, mostra um homem a aproximar-se de uma mesa num restaurante e a tocar numa mulher por volta das 2h40 (hora local) de sexta-feira, atacando-a depois de ela o ter empurrado.

Na cena de pancadaria que se seguiu, um grupo de homens é visto a agredir a mulher e as amigas que tentavam acabar com os confrontos. A vítima foi arrastada para o exterior do restaurante e pontapeada nas costas e na cabeça. A polícia local disse que duas mulheres tinham sofrido ferimentos ligeiros, acrescentando que estavam a ser tratadas no hospital.

Os nove suspeitos foram detidos durante a tarde de sábado e uma investigação já está em curso.

A agressão dominou as conversas nas redes sociais da China no sábado, ocupando os seis primeiros lugares dos tópicos mais discutidos do Weibo. Num breve comentário online, a televisão estatal apelou para que os suspeitos fossem severamente punidos.

Na sequência de outros casos recentes de maus tratos a mulheres, uma publicação na rede WeChat partilhada no sábado questionou o enquadramento oficial da agressão descrito como um simples acto de violência.

“Isto aconteceu numa sociedade onde a violência contra as mulheres é galopante. Ignorar e suprimir a perspectiva do género é negar a violência que as pessoas – enquanto mulheres – sofrem”, lia-se na publicação.

A China Women's News, da All-China Women's Federation, comentou que “só pode, e só deve, haver tolerância zero para tais casos abomináveis de violações graves dos direitos e interesses das mulheres”.

Em Fevereiro, a situação de uma mulher no condado de Feng, na província oriental de Jiangsu, desencadeou um protesto público depois de ter aparecido acorrentada pelo pescoço num vídeo publicado nas redes sociais que se tornou viral.

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