Para proteger uma árvore de 200 anos junto à Torre Eiffel, um activista está acampado num dos ramos

Thomas Brail pendurou uma tenda num dos ramos de uma árvore junto à Torre Eiffel, em Paris, e começou a fazer greve de fome. O objectivo é impedir que as árvores sejam abatidas para concretizar um projecto de “desenvolvimento urbano”.

Foto

Há quatro dias que Thomas Brail, activista francês e fundador da National Tree Monitoring Group (GNSA), está em greve de fome. Antes, a 30 de Maio, tinha-se mudado para o topo de uma árvore com 200 anos, junto à Torre Eiffel, em Paris. O motivo: impedir que essa mesma árvore seja cortada, a propósito de um “projecto de desenvolvimento urbano” que prevê a criação de novos trilhos, vias para bicicletas e parques para restaurar a zona turística.

“Estou aqui para alertar o primeiro-ministro, que é quem está encarregado do planeamento ambiental”, disse à Euronews. Para chamar a atenção para o problema, está a viver dentro de uma tenda pendurada no topo da árvore gigante — apenas uma das cerca de 40 que estão em risco de ser abatidas.

E a acção já teve algum sucesso: Emmanuel Grégoire, responsável pelo urbanismo na capital francesa, anunciou que o plano de desenvolvimento que previa a remoção da árvore será revisto, com o intuito de proteger não só essa, mas outras árvores.

Brail exige, no entanto, o cancelamento total do projecto — e garante que vai ficar acampado na árvore até que isso aconteça. Grégoire garantiu que “não haverá qualquer construção que tenha impacto nas raízes”, e disse estar disponível para conversar com os opositores do projecto.

O activista não parece convencido e está a lutar contra o que chama de “industrialização das florestas” porque, relembra, são elas que nos dão oxigénio e absorvem o dióxido de carbono. Pede ainda à primeira-ministra, Élisabeth Borne, para aprovar uma nova lei que impeça árvores saudáveis de serem cortadas em nome do “desenvolvimento”.

Sugerir correcção
Comentar