“Goleada das antigas” da Bélgica e salvação no limite dos Países Baixos

Belgas marcam há 46 jogos consecutivos, enquanto os neerlandeses mantêm um registo emaculado frente ao País de Gales.

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Witsel marcou o primeiro golo da Bélgica contra a Polónia Reuters/YVES HERMAN

Foi com uma “goleada das antigas” que a Bélgica se impôs, nesta quarta-feira, à Polónia e limpou os fantasmas da derrota sofrida na sexta-feira com os seus vizinhos dos Países Baixos, em jogo a contar para o Grupo 4 da Liga A da Liga das Nações (4-1). A jogar em Bruxelas, os belgas derrotaram os polacos por claros 6-1 e nem Robert Lewandowski valeu à selecção polaca.

O duas vezes melhor jogador do mundo ainda colocou a Polónia na frente do marcador à passagem da primeira meia-hora de jogo, naquele que foi o seu 76.º golo ao serviço da sua selecção, mas Witsel repôs a igualdade ainda antes do intervalo.

O segundo tempo, contudo, foi um suplício para os polacos. Com Eden Hazard em grande forma e a pontaria afinada de Kevin De Bruyne, Leandro Trossard (por duas vezes), Leander Dendoncker e Lois Openda, os belgas destroçaram a resistência da Polónia, que viu o seu adversário assumir a segunda posição do Grupo A4 atrás dos Países Baixos que jogaram no País de Gales.

Esta vitória folgada da Bélgica prolongou ainda um registo impressionante da equipa orientada por Roberto Martínez: desde que foi batida pela França no Mundial de 2018, os “diabos vermelhos” marcaram em todos os 46 jogos que realizaram desde essa data.

Foi já no período de compensação que o jogo entre galeses e neerlandeses mostrou a sua face mais entusiasmante, com cada uma das equipas a marcar um golo. No final, sorriram os Países Baixos, que já tinham inaugurado o marcador no início do segundo tempo e que, com esta vitória por 2-1, mantiveram a tradição de somarem apenas triunfos frente à selecção galesa.

A selecção de Gales, a viver um período de euforia com a sua recente qualificação para a fase final do Mundial de futebol (a primeira nos últimos 64 anos), chegou a viver um outro momento de exaltação quando Rhys Norrington-Davies, em período de descontos, empatou a partida, depois Teun Koopmeiners ter inaugurado o marcador cinco minutos depois do intervalo.

Em Cardiff, toda a gente pensou que o País de Gales somaria o seu primeiro ponto no Grupo. Só que, na jogada seguinte, Wout Weghorst, num cabeceamento imparável, tratou de repor a vantagem neerlandesa. A selecção de Louis van Gaal (que nesta quarta-feira apresentou um “onze” totalmente diferente daquele que derrotou a Bélgica na sexta-feira) soma assim por vitórias os jogos disputados até ao momento.

No final da partida, Van Gaal não estava completamente satisfeito com a exibição da sua equipa: “[O segundo golo] Foi um contra-ataque fantástico, mas não estivemos bem na primeira parte, demos muito a posse de bola ao nosso adversário.”

Já a Ucrânia, vítima do apuramento galês, compensou o desapontamento de ter falhado a ida ao Mundial do Qatar com um triunfo por 1-0 no seu jogo inaugural nesta edição da Liga das Nações (na Liga B, Grupo B1), ao derrotar a República da Irlanda, em Dublin, graças a um golo de Viktor Tsygankov, na marcação impecável de um livre.

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