António d’Oliveira: o curso prático de farmácia e a mobilidade social no séc. XIX

Quantos outros jovens portugueses terão deixado as suas famílias e as suas terras, ao longo do séc. XIX, cumprindo uma ambição que não estaria de outro modo ao seu alcance, para regressarem com uma “carteira” que lhes permitia abrir uma farmácia, obter sucesso económico, prestar assistência e contribuir de modos vários para a vida cívica da sua vila ou cidade?

A sua história de vida não teve um final feliz. Foi preso político em 1919 e veio a morrer em 1926, após violentas agressões físicas politicamente motivadas, alegadamente perpetradas pela GNR de então. Sofreu danos cerebrais irreversíveis que nem as mãos de Egas Moniz reverteram. Porém, é a história de uma vida realizada graças a uma alavanca social atípica existente no século XIX: o curso prático de farmácia. Uma alavanca que levou a luta pelos direitos das mulheres e pela liberdade de imprensa a uma vila do interior de Portugal – Arouca.

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