Da troika à pandemia com Deus pelo meio, eis o novo João Gil

Num álbum onde quase todas as canções foram escritas de rajada, João Gil reinventa-se como autor e intérprete. Em Setembro haverá concerto no Coliseu.

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João de Medeiros

Visto de relance, o título parece uma matrícula de automóvel: 46 JG 22. Mas se virmos com maior atenção, veremos que estão lá, abreviados, todos os ingredientes da novíssima aventura discográfica do antigo “trovante” João Gil: 46 anos de carreira musical, as iniciais (JG) do seu nome e o ano (2022) que viu nascer este disco e no qual se realizará também o concerto a ele alusivo, marcado para 17 de Setembro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Quanto ao disco, o que nele mais surpreende é a forma como João Gil, que tantas canções já escreveu ao longo da vida enquanto ia abraçando projectos (Trovante, Moby Dick, Ala dos Namorados, Rio Grande, Cabeças no Ar, Filarmónica Gil, Baile Popular, Tais Quais, Quinteto Lisboa), surge aqui como autor, compositor e intérprete, encarando esta última função pela primeira vez como algo de relevo e não mera extensão do acto de compor. Não que tenha deixado a colaboração com outros músicos ou projectos colectivos, pelo contrário, é na sequência destes (com destaque para os espectáculos Caixa de Luz, que correram vários palcos do país) que agora podemos ouvi-lo nesta sua reinvenção como autor e intérprete.

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