Para matar Artaud em palco

Recuperando um poema radiofónico que Antonin Artaud gravou em 1947, Catarina Rôlo Salgueiro, Jenna Thiam e Surma dão nova vida a Para Acabar com o Julgamento de Deus no Teatro do Bairro Alto, Lisboa, e no Teatro José Lúcio da Silva, Leiria. E fazem-no à sua maneira, sabendo que estarão, provavelmente, a trair o autor.

Foto
Catarina Rôlo Salgueiro, Jenna Thiam e Surma dão nova vida a "Para Acabar com o Julgamento de Deus" Ana Viotti

Para Acabar com o Julgamento de Deus, poema radiofónico que a RDF (Radio Diffusion Française) encomendou a Antonin Artaud, em 1947, acabaria por ser censurado na véspera da estreia pelo director da estação. Seguir-se-ia um pequeno escândalo pela recusa da RDF em emitir a gravação original, com leitura de textos por Roger Blin, Maria Casarès e Paule Thévenin, e acompanhamento sonoro pelo próprio Artaud. O poeta maldito morreria passado um mês sobre a data prevista da estreia, em 1948, quando o texto tinha já, entretanto, conhecido edição clandestina.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar