A jangada de lirismo em que navega Mário Laginha

No regresso do pianista aos discos com o seu mais estável trio, Pessoa e Saramago foram inspirações primordiais. O novo Jangada apresenta-se ao vivo esta quinta-feira na Aula Magna, em Lisboa.

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Mário Laginha reencontra-se neste disco com os compagnons de route Bernardo Moreira e Alexandre Frazão tiago fezas vital

A centelha inicial para Jangada, o terceiro álbum do trio que Mário Laginha partilha com Bernardo Moreira e Alexandre Frazão, produziu-se há já vários anos. Em Novembro de 2015, em resposta a um desafio lançado pela Casa Fernando Pessoa e pela Fundação Saramago, a formação apresentou-se no Centro Cultural de Belém, com um concerto incluído no ciclo Biblioteca dos Músicos. Para essa ocasião, o pianista propôs-se seleccionar alguns temas do seu reportório que pudessem relacionar-se com livros importantes na sua vida, acrescentando-lhes ainda dois temas inéditos, Disquiet e The stone raft, inspirados pelos universos literários de Pessoa e de Saramago, respectivamente. Ficaram depois em pousio, à espera que Laginha lhes encontrasse companhia certeira e vislumbrasse o momento certo para somar um novo tomo à discografia de um trio que leva já 20 anos de cumplicidade em palco – mas que até 2022 contava apenas com os registos Espaço (explorando a relação entre música e arquitectura) e Mongrel (original e criativa interpretação da obra de Chopin).

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