Na China, um homem colocou cinco mil pessoas em quarentena após quebrar isolamento

O homem que está a ser alvo de investigação criminal saiu de casa várias vezes depois de ter testado positivo à covid-19. As autoridades colocaram as cerca de cinco mil pessoas que vivem na mesma comunidade em quarentena.

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O Governo chinês obriga a população a fazer testes semanais a cada dois ou três dias EPA/Mark R. Cristino

Um homem residente em Pequim, na China, está a ser alvo de investigação criminal depois de ter quebrado o isolamento obrigatório, levando as autoridades chinesas a colocar os cerca de cinco mil vizinhos em quarentena.

De acordo com as autoridades chinesas, o homem, com cerca de 40 anos, recebeu ordens para se isolar em casa depois de entrar num centro comercial – uma área que o Governo chinês considera de risco elevado – no dia 23 de Maio. O homem, que testou positivo para a covid-19 cinco dias depois da ordem policial, saiu várias vezes de casa durante esse período de tempo “arriscando a propagação da epidemia”, esclarecem as autoridades chinesas, citadas pelo jornal britânico The Guardian.

Para prevenir o aumento dos contágios, a polícia ordenou que os 258 vizinhos que moram no mesmo prédio fossem para um centro e quarentena governamental e que as cerca de cinco mil que moram na mesma comunidade não saíssem de casa durante os próximos dias.

As acções do homem acontecem numa altura em que a cidade de Xangai se prepara para diminuir, na quarta-feira, as restrições da política "covid zero”. Contudo, ainda existem casos: no domingo, as autoridades contabilizaram 122 novos casos comunitários, 12 dos quais em Pequim.

Para evitar o aumento de contágios pela variante Ómicron, que os virologistas consideram mais contagiosa, a China exige testes semanais negativos a cada dois ou três dias para que os habitantes se possam movimentar pelas cidades.

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