Benfica vence final da Liga Europeia

Benfica derrotou o Magdeburgo e conquistou a Liga Europeia, segunda mais importante competição de andebol do continente europeu, alcançando o que nenhum outro clube português conseguiu até hoje.

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Os jogadores do Benfica com o troféu EPA/TIAGO PETINGA
O Benfica foi mais forte do que o Magdeburgo
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O Benfica foi mais forte do que o Magdeburgo EPA/TIAGO PETINGA
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A festa dos jogadores do Benfica EPA/TIAGO PETINGA
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Momento do jogo entre o Benfica eo Magdeburgo LUSA/TIAGO PETINGA
,Sporting CP
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Momento do jogo entre o Benfica eo Magdeburgo LUSA/TIAGO PETINGA

Pela terceira vez na história o andebol do Benfica chegava a uma final europeia, depois das derrotas nos encontros decisivos da Taça Challenge (o “terceiro escalão” da modalidade a nível europeu) de 2011 e 2016. Mas, desta vez, na Liga Europeia (a “segunda divisão” do andebol na Europa) os “encarnados” conseguiram escrever uma história diferente e, num jogo épico, venceram, em Lisboa, o Magdeburgo, por 40-39, após prolongamento.

Frente ao detentor do troféu, líder da Liga alemã (uma das mais poderosas do mundo) e carrasco do Sporting nos oitavos-de-final da prova, o Benfica tornou-se na segunda equipa não alemã a vencer a segunda mais importante prova europeia de andebol nos últimos 17 anos — só os húngaros do Szeged se intrometeram na hegemonia germânica, que foi mesmo absoluta nos últimos oito anos.

O triunfo dos “encarnados”, como seria de esperar, foi bastante sofrido. Mas o clube lisboeta teve o grande mérito de, independentemente do desenrolar do marcador, nunca ter perdido a concentração e o ânimo.

O Benfica começou bem a partida e foi a primeira equipa a marcar, por intermédio de Kalmán. Os alemães chegaram a estar em vantagem por 3-2, mas até ao intervalo foram as “águias” a estar melhor na partida e foram para o descanso a vencer por 15-14.

O início da segunda parte viu o Magdeburgo reagir e a formação alemã chegou a ter uma vantagem de três golos (17-20). Mas o Benfica não “perdeu a cabeça” e voltou ao jogo, conseguindo repor a igualdade a 15 minutos do fim (23-23).

A partir deste momento, o equilíbrio imperou. Com um ligeiro ascendente do Magdeburgo, o Benfica não deixou nunca que a diferença no marcador fosse para além de um só golo, mas a vitória benfiquista esteve muito perto de se esfumar quando, a apenas três segundos do apito final, a equipa orientada pelo espanhol Chema Rodríguez perdia por um. Valeu aos liboetas o golo fulminante de Alexis Borges, após assistência de Kukic, que empatou o resultado a 32 golos. Um enorme suspiro de alívio que, mesmo assim, foi preciso suster por alguns instantes, já que a equipa de arbitragem só validou o golo depois de consultar o VAR para ter a certeza de que a bola tinha mesmo entrado na baliza germânica antes do final da partida.

No prolongamento, manteve-se o equilíbrio, com o Benfica a maior parte do tempo em desvantagem no marcador, embora sem deixar que a diferença fosse superior a um golo. E foi só mesmo no último minuto que Bélone Moreira colocou o Benfica na frente, ao marcar o 39-38.

Logo a seguir, a defesa “encarnada” impediu o remate dos alemães e Alexis Borges sentenciou o desfecho da final ao fazer o 40-38 a poucos segundos do final.

A festa explodiu na Altice Arena, apesar de ainda faltarem uns quantos segundos para o apito final, mas já não havia mesmo tempo para impedir a maior vitória de sempre no andebol europeu de um clube português, apesar do Magdeburgo ter ainda convertido um livre de sete metros e fixado o resultado final em 40-39.

Figuras no encontro foram, inegavelmente, o guarda-redes espanhol do Benfica, Sergey Hernández, considerado o melhor jogador da final, bem como o pivot Alexis Borges. Já Petar Djordjic consegiu ser o melhor marcador da prova com 108 golos.

Portugal passa agora a ter quatro troféus continentais, depois de três na Taça Challenge, a terceira prova da hierarquia da Federação Europeia de andebol (EHF), conquistados pelo Sporting, em 2009/10 e 2016/17, e o ABC Braga, em 2015/16.

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