José Bento dos Santos: “É preciso educar o gosto, e não impor o gosto”

Começou a cozinhar na primária e, hoje, aos 75 anos, faz questão de preparar o jantar todos os dias, mesmo que seja o único à mesa. Viajou por todo o lado para comer, criou a Quinta do Monte d’Oiro, apresentou programas de televisão sobre comida (Sentido do Gosto e Segredos do Vinho), foi presidente da Academia Internacional de Gastronomia e é presidente da congénere portuguesa. Sonha todos os dias com o nascimento de um Instituto do Gosto em Portugal.

Foto
"Não sei se é verdade, mas sempre me disseram que desde que a Kawasaki fez um contrato com os pneus Michelin o Japão passou a ter cerca de 180 restaurantes referenciados no Guia." Nuno Ferreira Santos

Na vida profissional, na gastronomia, no vinho, no râguebi, no golfe ou até na educação musical, José Bento dos Santos teve sempre um lema: se é para fazer, que se faça bem feito. Não se cansa de insistir com todos os governos sobre a importância da criação de uma política de educação do gosto, mas com pouco sucesso porque “nunca um primeiro-ministro se interessou pelo assunto”. Enquanto isso, escreve e prepara almoços e jantares que são coreografias que envolvem o prazer, a aprendizagem, a tertúlia e uma infinita vontade de partilhar tudo o que sabe e tem com os outros.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 2 comentários