Só Swiatek poderá impedir Swiatek de vencer

Medvedev e Tsitsipas assinam as melhores exibições em Roland-Garros.

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Swiatek EPA/MARTIN DIVISEK

Iga Swiatek ocupou o trono do ténis feminino, deixado vago repentinamente por Ashleigh Barty, no dia 4 de Abril. Muitos foram os que pensaram que a jovem polaca não iria estar pronta para lidar com a pressão de ser a número um, de ser “obrigada” a ganhar todos os encontros e de ser aquela a que todas as adversárias querem ganhar. Só que Swiatek vinha mostrando estar muito bem preparada para assumir a responsabilidade, pois sofreu a última derrota em Fevereiro. Desde então, a líder do ranking ganhou todos os encontros que disputou e todos os cinco torneios em que participou. Com as restantes colegas do top 10 já eliminadas, ninguém consegue imaginar que Swiatek não conquiste o Torneio de Roland-Garros pela segunda vez.

Neste sábado, estendeu a sua invencibilidade para 31 encontros – uma façanha que não se via desde 2013. Mas ao contrário do que vem sendo hábito, Swiatek passou por um momento desconfortável no segundo set, quando perdeu quatro jogos consecutivos (e 11 pontos em sucessão) e permitiu que Danka Kovinic (95.ª) recuperasse de 1-4 para 5-4.

“Quis jogar de forma muito agressiva e senti que, às vezes, estava a colocar muita potência porque as bolas também eram fortes e por vezes difíceis de controlar. Por isso, precisei de jogar com menor risco”, explicou, depois de recuperar a concentração e vencer, por 6-3, 7-5.

Antes de completar 21 anos, na terça-feira, Swiatek vai defrontar a chinesa Qinwen Zheng (74.ª), que já subiu 50 lugares este ano. Mas falar em ténis chinês, é recordar Peng Shuai, a jogadora da qual não se sabe o paradeiro há mais de um ano. “Não tenho informações sobre isso, por isso não posso responder a essas questões”, disse Zheng.

Esta é apenas a segunda vez no século em que só há uma top-10 na segunda semana de um torneio do Grand Slam, depois de Aryna Sabalenka (7.ª) ter sido afastada pela italiana Camila Giorgi, por 4-6, 6-1 e 6-0.

Medvedev forte

No torneio masculino, Daniil Medvedev assinou a sua melhor exibição do ano em terra batida para ultrapassar Miomir Kecmanovic (31.º), por 6-2, 6-4 e 6-2, e continua sem ceder um set em Paris. O número dois do ranking enfrenta agora outro campeão do Grand Slam, Marin Cilic (23.º), que saiu vencedor do último encontro de Gilles Simon em Roland-Garros: 6-0, 6-3 e 6-2. Mas no final, os cânticos “Gillou, Gillou” e os maiores aplausos foram para o francês de 37 anos, que irá arrumar as raquetas no final da época.

Andrey Rublev (7.º), que salvou cinco set-points no tie-break antes de derrotar Cristian Garin (37.º), por 6-4, 3-6, 6-2 e 7-6 (13/11), no quarto match-point, vai defrontar noutro duelo dos “oitavos”,

Jannik Sinner (12.º), vencedor de Mackenzie McDonald (60.º), por 6-3, 7-6 (8/6) e 6-3, após anular 11 set-points na segunda partida.

Já Stefanos Tsitsipas (4.º) tirou partido de jogar de dia, sob condições mais rápidas, e dominou o melhor tenista sueco da actualidade, Mikael Ymer (95.º), por 6-2, 6-2 e 6-1. No final, o tenista grego avisou que ia assistir com muito entusiasmo ao encontro da sessão nocturna, entre Hugo Gaston (74.º) e Holger Rune (40.º), de onde sairá o seu próximo adversário.

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