Entretanto, na Netflix: Servant of the People, com o Presidente da Ucrânia, já se estreou e vêm aí Borgen inédita, Pôr do Sol e Beatles

A série de comédia em que o actual Presidente da Ucrânia faz de Presidente da Ucrânia está disponível e nos próximos dias estreia-se mais um título português e uma nova temporada da série política dinamarquesa. Os Beatles de 1977 chegam já sábado.

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"Servo do Povo" DR
Borgen 2022 sc 861
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"Borgen: O Reino, o Poder e a Glória" Mike Kollöffel/Netflix
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"Pôr do Sol" RTP
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"Mighty Good" DR

Enquanto a quarta temporada de Stranger Things começa a sua escalada no top de popularidade da Netflix a partir desta sexta-feira, as águas da plataforma de streaming com mais utilizadores em Portugal agitam-se, com estreias (mais) discretas mas relevantes no vasto catálogo do serviço. Servant of the People, ou Servo do Povo, a série de comédia em que o actual Presidente da Ucrânia faz de Presidente da Ucrânia, está já disponível; Pôr do Sol, a sátira às novelas da RTP1, e uma temporada inédita de Borgen, uma das mais respeitadas séries europeias, chegam dia 2 de Junho; este sábado aterra um documentário histórico sobre os Beatles.

Servo do Povo chegou aos ecrãs portugueses três meses depois de a invasão russa da Ucrânia ter despertado grande interesse na série de 2015 em que Volodymyr Zelensky, que trabalhou como actor, interpreta precisamente o papel de um professor de liceu indignado com a corrupção no seu país e que se vê na arena política e, mais tarde, chega a Presidente. Rosto indiscutível do seu país, Zelensky tornou-se um símbolo nacional cuja aparição constante quer nos parlamentos de vários países quer em eventos como o Festival de Cannes ou os prémios Grammy para pedir apoio tornou também e novamente num exemplo particular de comunicação mediática.

São três temporadas de uma comédia negra, acompanhadas de um telefilme, que estão na Netflix portuguesa após meses de negociações que foram na verdade uma guerra de licitações. Muitos canais lineares de vários países apressaram-se a comprar os direitos de exibição da série logo nas primeiras duas semanas de guerra na Ucrânia, tendo a Netflix entrado no negócio adquirindo-os para vários países em pacote, nomeadamente Portugal e o Brasil.

Na próxima semana, indica a Netflix no seu serviço, concretiza-se a chegada de mais uma série portuguesa ao seu expansivo — e por vezes impenetrável — catálogo: o fenómeno Pôr do Sol, a série da RTP1 mais vista de sempre em streaming na sua plataforma RTP Play, vai estar na Netflix a partir de quinta-feira. A comédia que emula o formato e os códigos — exagerados — das telenovelas acompanha assim a presença de outra série da produtora Coyote Vadio, Até Que a Vida Nos Separe, na Netflix. Esta última deixará de estar disponível na RTP Play durante o período do licenciamento dos direitos à Netflix; Pôr do Sol vai continuar na RTP Play.

No mesmo dia, 2 de Junho, a primeira temporada de uma inédita Borgen enceta uma nova fase da história de Birgitte Nyborg: agora é ministra dos Negócios Estrangeiros e há um escândalo com uma petrolífera na Gronelândia que assombra a sempre complicada vida da política dinamarquesa. Borgen: O Reino, o Poder e a Glória são oito episódios de uma espécie de spin off da série que começou a ser exibida em Portugal na RTP2 e que tem uma aura de respeito na ficção europeia.

Já este sábado, e depois das megaproduções sobre os Beatles com que a Disney+ marcou território — o monumental Get Back e McCartney 1,2,3 — a Netflix disponibiliza Mighty Good, do reverenciado realizador de documentários Tony Palmer. Datado de 1977, aproveita tudo o que está na base de como os Beatles e Palmer se conheceram: um jovem estudante de Ciências Morais na Universidade de Cambridge é convidado para ir a uma conferência de imprensa de uma banda já conhecida, mas “que ainda não era intergaláctica”, como disse ao diário britânico The Guardian, e que não fez qualquer pergunta ao grupo de Liverpool. No fim, John Lennon interpelou-o sobre isso e criaram laços em torno da opinião comum de que tudo aquilo era um pouco “tonto”.

Mighty Good é, na verdade, um episódio da importante série documental transmitida entre 1976 e 1980 e que ao longo de 17 episódios faz a História da Música Popular. Sob o título All You Need Is Love, teve como mentor John Lennon e conta ainda com participações dos colaboradores habituais dos Beatles Brian Epstein e George Martin, mas também dos Beach Boys, Animals, Ravi Shankar, The Mamas & the Papas ou até um membro do Ku Klux Klan. Outras provas da longa carreira de Parker estarão também por estes dias na Netflix, com estreias dos seus documentários sobre os compositores Stravinsky e Puccini, bem como da estrela Liberace ou do violinista Menuhin; o documentário All My Loving (1968), sobre o estado da pop naqueles anos-charneira, já está disponível na plataforma.

Notícia actualizada a 1 de Junho: informação sobre continuidade da série Pôr do Sol na RTP Play.

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