Estado de saúde da orca perdida no rio Sena está a deteriorar-se

A orca perdeu muito peso e a sua barbatana dorsal está dobrada, o que é sinal de fraqueza. O animal está a cerca de 100 quilómetros da costa e as autoridades têm receio de lhe causar mais dano ao resgatá-la de volta para o mar.

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A orca no rio Sena Pascal Rossignol/REUTERS

Uma orca que está perdida no rio Sena, em França, encontra-se em más condições de saúde e tem de regressar para o mar o mais cedo possível, disseram as autoridades francesas na quarta-feira.

A orca tem cerca de quatro metros de comprimento e foi avistada pela primeira vez a 16 de Maio, no local em que o Sena desagua para o mar, entre o porto de Le Havre e a localidade de Honfleur, na Normandia. Desde então, viajou dezenas de quilómetros, subindo a corrente, e encontra-se agora a Oeste da cidade de Rouen. Está a quase 100 quilómetros do mar.

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A barbatana dorsal da orca está dobrada, o que significa que se encontra debilitada Pascal Rossignol/REUTERS

Muitos cidadãos têm captado imagens da orca no rio, imagens essas que têm sido divulgadas nos meios de comunicação social franceses. Nas imagens, é possível ver a sua barbatana dorsal, assim como o seu corpo preto e branco, que são as cores características das orcas. O animal é um mamífero da família dos golfinhos e é sobretudo visto quando vem à superfície respirar.

As autoridades francesas dizem que não está a ser feita qualquer tentativa de resgate da orca para o mar por receio de perturbar ainda mais o animal. “A sua barbatana dorsal está dobrada, o que é um mau sinal da saúde das orcas. Perdeu muito peso, parece um animal que está em más condições”, disse Nicolas Ampen, da Agência para a Biodiversidade de França, citado pelo canal televisivo TF1.

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JOHANNA GERON

As orcas vivem sobretudo nos oceanos e gostam de águas mais frias. Não sobrevivem muito tempo em água doce. A pele desta orca já aparenta ter lesões por estar há muito tempo no rio.

Em Maio de 2021, também uma baleia-cinzenta se perdeu no mar Mediterrâneo a milhares de quilómetros do seu habitat natural, que fica no Oceano Pacífico. Também ela nadou pela costa francesa durante dias, até que os biólogos lhe perderam o rasto.

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