A Noruega foi o país europeu que mais portugueses expulsou em 2021

No ano passado foram deportados para Portugal 370 cidadãos portugueses. Os motivos de expulsão prendem-se com a existência de antecedentes criminais, nomeadamente furtos, roubos e violência doméstica e sexual, entre outras.

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O RASI também dá conta que há 1272 cidadãos nacionais detidos no estrangeiro, mais 42 casos do que em 2020. paulo pimenta

A Noruega foi o país europeu que em 2021 expulsou mais portugueses, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) que menciona 95 “recusas de entrada ou de permanência ou expulsões”. Segundo o mesmo documento, no ano passado foram expulsos/deportados/afastados para Portugal 370 cidadãos portugueses, dos quais 276 (74%) provenientes de países da Europa e 94 (26%) de fora da Europa.

Em segundo lugar no ranking das expulsões/afastamentos dos países europeus está a França com 50, seguida do Reino Unido com 42, do Luxemburgo com 32, da Suécia com 14 e dos Países baixos com 10.

Já a Alemanha expulsou nove, a Finlândia sete, a Bélgica cinco, a Dinamarca quatro, a Áustria, a Grécia e a Suíça com dois cada. Encerram a lista a Hungria e Montenegro com um português cada.

Os motivos de expulsão prendem-se exclusivamente com a existência de antecedentes criminais enquadráveis nas tipologias furto, roubo e violência doméstica e sexual, entre outras.

Já de fora da Europa, lidera o Canadá que, no ano passado, expulsou 44 portugueses, seguido dos Estados Unidos da América com 12, o Peru com 10, o Brasil com sete, Austrália e Venezuela com seis cada, Angola com três e Moçambique com dois. China, Israel, Senegal e Turquia expulsaram um português cada.

Nestes casos além do motivo estar relacionado com crimes de furto, roubo, violência domestica e sexual, junta-se o crime de permanência ilegal no país.

O RASI também dá conta que há 1272 cidadãos nacionais detidos no estrangeiro, mais 42 casos do que em 2020. Aqui também se destaca a Europa ao concentrar a maior parte dos detidos, 1064, contra 161 na América, 20 na Ásia, 16 na Oceânia e 11 em África.

Nota: face às dúvidas levantadas por leitores do PÚBLICO, após a publicação desta notícia, sobre os dados que constam do RASI, o PÚBLICO solicitou ao Ministério da Administração Interna que confirmasse o número de expulsões que consta do relatório e aguarda resposta

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