Portugal autoriza venda do Chelsea. Receitas terão “fins humanitários”

Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros deram luz verde ao pedido de Roman Abramovich.

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Roman Abramovich, o ainda dono do Chelsea, tem passaporte português. Reuters/Andrew Winning

Portugal deu autorização à venda do Chelsea Football Club, anunciou esta quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Roman Abramovich, o ainda dono do clube, tem passaporte português.

“As duas Autoridades Nacionais Competentes – Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério das Finanças deram luz verde ao pedido recebido da parte de Roman Abramovich para uma derrogação humanitária, permitindo que o clube inglês seja transaccionado”, informa nota do MNE.

A autorização portuguesa “decorre da garantia dada pelas autoridades britânicas de que as receitas da venda serão utilizadas para fins humanitários, não beneficiando directa ou indirectamente o proprietário do clube, que consta da lista de sanções da União Europeia”.

A posição nacional conta com a concordância da Comissão Europeia, acrescenta o comunicado.

A decisão surge depois de o Governo britânico ter aprovado a venda do clube londrino a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly. Um processo desencadeado pela invasão da Ucrânia pela Rússia e que levou às sanções aplicadas a oligarcas russos em diferentes latitudes.

“Em relação ao Chelsea, naturalmente que há aqui um ponto absolutamente fundamental: Portugal aplica as sanções que foram decretadas pela União Europeia. Nós fazemo-lo de forma rigorosa, fazemo-lo sem excepções, e é assim que nós aplicamos as sanções”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, esta quarta-feira.

Todd Boehly ofereceu 4,9 mil milhões de euros para finalizar um negócio que porá fim ao “reinado” de 19 anos de Roman Abramovich.

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