Remoção de resíduos perigosos em São Pedro da Cova vai ser retomada

Trabalhos tinham parado por falta de visto do Tribunal de Contas. Estaleiro será remontado e remoção deverá estar concluída em quatro meses

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Das antigas minas já saíram 275 mil toneladas de resíduos Adriano Miranda

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) obteve o “visto prévio” do Tribunal de Contas para a extensão do contrato de remoção dos resíduos perigosos depositados nas escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova, em Gondomar, e vai retomar os trabalhos no terreno.

A remoção destes resíduos, “com um valor estimado em cerca de dois milhões de euros”, tem como objectivo remover mais “17 mil toneladas de resíduos” que ficam “em depressões do terreno com área e profundidade apreciáveis ou relativas a vários maciços ferrosos (também contaminados), com densidade cerca de cinco vezes superior à densidade média da massa dos resíduos”, diz a CCDR-N em comunicado enviado ao PÚBLICO.

Foi em 2021 que o Ministério do Ambiente anunciou o prolongamento dos trabalhos, depois de se ter descoberto que havia no local mais 28 mil toneladas de resíduos. A estimativa era que os trabalhos ficassem prontos até Março deste ano, algo que não se verificou.

Agora, o estaleiro de obra que havia sido retirado será “remontado”, diz a CCDR-N, e a remoção deverá ser concluída em “quatro meses”. Das antigas minas já saíram 275 mil toneladas de resíduos, ali depositados há duas décadas. O custo, suportado pelo Fundo Ambiental e por fundos comunitários, é superior a 27 milhões de euros.

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