Ministro do Ambiente destaca importância de plano de acção de gestão de águas residuais

Duarte Cordeiro considera que o plano de acção de gestão de águas industriais e residuais reforça “muito a qualidade do tratamento das águas” na área da Grande Lisboa e Oeste.

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Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente LUSA/RODRIGO ANTUNES

O ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, considerou esta quarta-feira que o plano de acção de gestão das águas industriais e residuais da Grande Lisboa e Oeste, oficializado neste dia, vai reforçar a qualidade do tratamento das águas.

Em declarações à Lusa após a apresentação do “Plano de Acção AgIR”, uma parceria entre a Águas do Tejo Atlântico e os 23 municípios do sistema multimunicipal de saneamento da Grande Lisboa e Oeste, apoiado pelo Fundo Ambiental em 4,4 milhões de euros, Duarte Cordeiro destacou a sua importância e o trabalho conjunto entre aquelas entidades.

“Este plano de acção da gestão das águas industriais e residuais da Grande Lisboa e do Oeste é muito importante, porque permite resolver logo um conjunto de problemas que têm existido nos últimos anos e melhorar aquilo que é a qualidade das massas de água. É um trabalho que tem de ser feito em conjunto com a Águas do Tejo Atlântico, com os municípios e indústrias”, disse.

De acordo com o ministro, as águas tratadas e recicladas são um recurso muito importante e vai ser determinante para o futuro e para o desenvolvimento do país.

“Todo este trabalho vai reforçar muito a qualidade do tratamento das águas neste território, tendo desde logo um trabalho directamente com a indústria e com os municípios e dos municípios com as indústrias, e desta forma prevenir o maior número de problemas que possamos vir a ter”, referiu.

Duarte Cordeiro disse também acreditar que este plano passe de projecto-piloto a programa com os recursos necessários para ser generalizado, desta região para outras regiões.

“Tenho uma enorme expectativa com a capacidade que vamos ter e generalizar a utilização das águas residuais (...). Tenho a ideia, desde que cheguei ao Ministério do Ambiente, de que há muito uma luta contra o tempo e que nós temos de ter a capacidade de antecipar aquilo que são as metas e os prazos para estes projectos. O desafio que aqui ficou foi tentar procurar desenvolver este plano num prazo mais curto do que aquele que foi apresentado, na expectativa de que possamos corresponder ao que é a ansiedade das pessoas, de aproveitar cada vez mais os nossos recursos”, disse.

O Plano de Ação para a Gestão das Águas Industriais Residuais da Grande Lisboa e Oeste, que vai ter a duração de quatro anos para erradicar as afluências indevidas de águas residuais industriais, foi oficializado hoje na Fábrica da Água em Alverca do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira.

Segundo a Águas do Tejo e Atlântico, o principal objectivo do Plano de Acção AgIR “é melhorar a capacidade de resposta operacional das Fábricas de Água, com vista à redução de riscos ambientais provocados pela presença indevida de agentes poluentes no processo de tratamento, pelo que irá ainda promover a formação de técnicos dos municípios e das indústrias no domínio da gestão dos efluentes industriais”.

No caso do município de Lisboa, está prevista a “caracterização das águas residuais afluentes às Fábricas de Água provenientes de unidades hospitalares, de forma a prevenir a resposta a eventuais surtos de doenças”.

As acções previstas no plano serão, segundo a empresa, “uma oportunidade de capacitar e sensibilizar o tecido industrial das regiões abrangidas para a adopção de processos ambientalmente mais sustentáveis e mais eficientes”.

A empresa Águas do Tejo e do Atlântico é responsável pela recolha, tratamento e a rejeição de efluentes domésticos e urbanos provenientes dos municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

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