FC Porto conquista 18.ª Taça de Portugal e confirma “dobradinha”

Sérgio Conceição vence fantasma do Jamor, somando sétimo troféu como treinador portista, a um do máximo de Artur Jorge.

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EPA/RODRIGO ANTUNES

O FC Porto consumou este domingo, no Jamor, a “dobradinha” em 2021-22, ao garantir a conquista da Taça de Portugal - a 18.ª do historial dos portistas - com um triunfo, por 3-1, frente ao Tondela, equipa já despromovida à II Liga. Desfecho com implicações no âmbito das competições europeias, a colocar o Sp. Braga na Liga Europa, o Gil Vicente na 3.ª pré-eliminatória da Liga Conferência e o V. Guimarães na 2.ª pré-eliminatória.

Sérgio Conceição afastou, assim, o fantasma do Jamor, onde tinha perdido duas finais com o Sporting (primeiro no Sp. Braga e depois no FC Porto), somando o sétimo troféu como treinador portista, a um do recorde de Artur Jorge.

Nuno Campos denunciara, na conferência de imprensa, as intenções do Tondela, que passariam, essencialmente, por tentar empatar ao máximo o adversário, na esperança de um golpe de sorte ou, no limite, de uma decisão por grandes penalidades. Nada que surpreendesse o FC Porto, que se preparou para todas as eventualidades.

Assim, os primeiros 15 minutos foram de absoluto domínio portista, ainda que sem oportunidades de golo. Apenas um lance de VAR (8’) na área de Niasse, de Sagnan sobre Pepê, e um remate de Pepe, um par de minutos depois. O Tondela limitava-se a fechar todos os espaços, dificultando a missão de Taremi e Evanilson. Mas a estratégia dos beirões estava prestes a ruir: Marcelo Alves saltou sobre Otávio, num lance que acabou com a bola na barra a remate de Pepê, motivando o alerta do VAR, que levou Rui Costa a analisar a jogada e a ordenar (após sete minutos) a marcação do respectivo penálti. Taremi não desperdiçou.

O Tondela estava, então, obrigado a adoptar o plano B, que implicava maiores riscos, beneficiando a dinâmica do jogo, que passou a ser mais repartido, com Marchesín a perceber que podia ser chamado a intervir a qualquer momento. Só que essa maior disponibilidade ofensiva do Tondela (mais no campo das intenções, pois não fez um único remate) acabou por abrir os espaços de que o FC Porto necessitava para resolver o encontro, o que esteve à vista já no período de compensação da primeira parte, quando Evanilson finalizou uma transição rápida com um remate em arco fora do alvo, quando tinha tudo para recolher às cabinas com uma vantagem mais confortável.

O Tondela precisava de tirar um coelho da cartola, mas, depois de uma entrada forte do FC Porto e de o “gigante” Niasse ter negado o golo a Pepê, logo no reatamento, Vitinha inviabilizou qualquer possibilidade de resgate dos beirões, marcando o segundo golo dos campeões nacionais, decisivo para um desfecho que se tornava cada vez mais previsível.

O Tondela continuava a léguas da baliza de Marchesín e só não foi ao tapete com mais de 20 minutos para jogar porque Taremi acertou no poste, falhando novo penálti a punir falta de Sagnan sobre Pepê.

Pecado que poderia ter consequências imprevisíveis, já que o Tondela, na primeira vez que chegou com perigo à área portista, marcou pelo defesa Neto Borges (73'), após um excelente cruzamento de Salvador Agra.

Nada que extinguisse a chama dos “dragões”, prontamente calibrada pelo iraniano Taremi (75'), a redimir-se do penálti falhado e a evitar um final de nervos, numa jogada que contou com a pressão asfixiante do meio-campo do FC Porto e uma assistência perfeita de Otávio.

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