Motorista e dono de autocarro que se despistou na A1 é uma das três vitimas mortais

Das três vítimas mortais, duas são do sexo masculino e a terceira é uma mulher. Trânsito na auto-estrada do Norte foi reaberto ao início da tarde.

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O autocarro seguia no sentido Norte-Sul da A1 em direcção a Fátima PAULO NOVAIS/LUSA
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Um autocarro com destino a Fátima despistou-se na manhã deste sábado na A1, na zona da Mealhada, acabando por embater de frente num poste de electricidade. Três pessoas morreram, 11 ficaram feridas com gravidade e 22 com ferimentos ligeiros, segundo o balanço final do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Uma das vítimas mortais é o motorista e dono do autocarro, natural da freguesia de Santa Maria de Airão, concelho de Guimarães. Contam-se ainda mais duas vítimas: a autarca Emília Castro, da União de Freguesias de Figueiredo, Oleiros e Leitões, que tinha 53 anos; e um homem, de Figueiredo, com mais de 70 anos.

De acordo com o comandante do destacamento territorial da GNR de Anadia, capitão Cláudio Lopes, que falou aos jornalistas perto do local do acidente, seguiam no autocarro pouco mais de 30 passageiros.

Ao que o PÚBLICO apurou junto da imprensa local, o autocarro partiu da freguesia de Figueiredo para uma excursão a Fátima organizada pela autarquia. O veículo saiu esta manhã, juntamente com outros dois autocarros, em peregrinação a Fátima. Num desses autocarros seguia também o presidente daquela União de Freguesias de Figueiredo, Oleiros e Leitões, João Alves.

A Câmara Municipal de Guimarães já apresentou condolências e mostra-se disponível para apoiar “os feridos e as famílias” neste “momento trágico”, como referiu o presidente, Domingos Bragança, em declarações ao jornal Guimarães Digital. O munícipe informou que está a acompanhar a situação e que uma equipa de técnicos municipais, com psicólogos e assistentes sociais, foi enviada para o local do acidente.

“O Município de Guimarães apresenta as mais sentidas condolências às famílias e amigos das vítimas do trágico acidente que aconteceu este sábado, 21 de Maio, ocorrido na A1, na zona da Mealhada, na sequência do despiste de um autocarro que partiu da freguesia de Figueiredo, concelho de Guimarães, com destino ao Santuário de Fátima”, refere a autarquia, em comunicado.

Causas por apurar

O despiste do autocarro aconteceu cerca das 9h30, quando o veículo seguia no sentido Norte/Sul. Num balanço feito aos jornalistas na manhã deste sábado, o capitão da GNR Cláudio Lopes avançou que as causas do acidente ainda estão a ser apuradas. “Mas, por aquilo que pudemos apurar, eventualmente terá rebentado um pneu, [o autocarro] ultrapassou o separador central e embateu no poste de uma linha de média tensão”, referiu.

O oficial referiu ainda que não houve mais veículos envolvidos no acidente. O autocarro imobilizou-se em sentido contrário ao que circulava, ao quilómetro 212 da A1.

Em declarações aos jornalistas perto do local do acidente, a médica do INEM Paula Neto adiantou que os feridos graves “inspiram muitos cuidados” e que há também três feridos “intermédios”, que “não são de gravidade máxima mas o suficiente para precisarem de cuidados médicos”.

A clínica adiantou ainda que, das três vítimas mortais, duas são do sexo masculino e a terceira é uma mulher, todas com idades “entre os 60 e os 70 anos”, sendo que as idades dos feridos ligeiros rondam “os 40, 50 anos”, havendo também duas crianças “com cerca de dois anos” entre as vítimas ligeiras. Três dos feridos graves foram encaminhados para o Hospital Universitário de Coimbra e os outros dois para o Hospital de Aveiro.

Numa actualização na conta oficial de Twitter do INEM, cerca das 13h, aquela entidade informa que “todos os feridos já foram transportados para o Hospital Universidade de Coimbra, Aveiro e Hospital Pediátrico de Coimbra”.

Ao PÚBLICO, a GNR detalhou que o trânsito na auto-estrada foi cortado durante a manhã no nó da Mealhada, no sentido Sul-Norte, e o nó de Aveiro-Sul, no sentido Norte-Sul, tendo a circulação em ambos os sentidos sido restabelecida ao início da tarde deste sábado.

Segundo o militar citado pela Lusa, “no terreno estão elementos do Núcleo de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação (NICAV) a recolher informações, mas ainda é muito prematuro falar”. No entanto, referiu, “há possibilidade de um pneumático ter rebentado”.

Carlos Tavares, da Protecção Civil, referiu que no local estiveram 57 viaturas, das quais cinco eram médicas e duas ambulâncias com suporte imediato de vida, 130 operacionais, um helicóptero, que acabou por não ser necessário utilizar, e duas equipas de apoio psicológico.

O primeiro balanço das autoridades indicara dois mortos, mas a Protecção Civil deu, entretanto, indicação de uma terceira vítima mortal.

Em declarações aos jornalistas, perto do local do acidente, durante a manhã deste sábado, o responsável da Protecção Civil Carlos Tavares disse que havia um morto já retirado do autocarro e duas pessoas encarceradas “com ausência de sinais vitais”.

Carlos Tavares referiu que “se está a aguardar por uma grua da EDP para que haja condições de segurança para prosseguir com os trabalhos de desencarceramento”, sendo “a estabilização do poste a maior dificuldade” para os trabalhos de socorro. com Lusa

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