Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Rússia expulsa cinco diplomatas portugueses. Já se renderam 1730 militares na Azovstal, diz Kremlin. Costa visita hoje tropas portuguesas na Roménia antes das etapas de Varsóvia e Kiev. Este artigo será actualizado ao longo do dia.

Foto
Soldados ucranianos preparam-se para sair da área da siderurgia Azovstal EPA/RUSSIAN DEFENCE MINISTRY PRESS SERVICE/HANDOUT HANDOUT

► A Rússia expulsou cinco diplomatas portugueses, que terão de abandonar a Rússia no prazo de 14 dias. “O Governo português repudia a decisão das autoridades russas, que não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação”, diz o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Durante esta quinta-feira, Moscovo expulsou, também, quatro diplomatas eslovenos da sua embaixada na capital.

► Já se renderam 1730 militares na Azovstal desde o início da semana, de acordo com as contas do Ministério da Defesa russo. Pelo menos 771 soldados renderam-se nas últimas 24 horas – e há registo de 80 feridos.

► O primeiro-ministro, António Costa, visita esta quinta-feira o contingente militar português em missão da NATO na Roménia, antes de partir para Varsóvia, onde se deslocará a um campo de refugiados ucranianos, e depois para Kiev.

► ​Kiev considera “impossíveis” negociações de paz com a Rússia neste momento, afirma um dos assessores da presidência ucraniana, Mikailo Podoliak. Acrescentou ainda que Moscovo não está consciente das consequências da guerra: “A Rússia ainda não percebeu que é um país pária.”

► Também assessor da presidência, Oleksei Arestovich garantiu que Kiev não se comprometerá com Moscovo, nem cederá parte do seu território para pôr fim à guerra. “A única opção para a reconciliação é a capitulação russa, a retiradas das tropas e falar de uma compensação”, afirmou numa entrevista televisiva.

► Uma “cultura de encobrimento e bodes expiatórios” prevalecente entre os militares russos poderá estar a afectar a prestação russa na guerra, indica o relatório diário do Ministério da Defesa britânico, que pormenoriza os casos de alguns militares de topo afastados dos cargos depois de não terem conseguido chegar aos objectivos de Putin.

► ​Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, disse esta quinta-feira ao jornal italiano Corriere della Sera que a candidatura à NATO não significa que o país esteja interessado em ter armamento nuclear ou bases militares no seu território.

► Os danos nas infra-estruturas ucranianas já ultrapassam os 95 mil milhões de euros. No total, as perdas económicas do país podem chegar aos 570 mil milhões de euros, conclui estudo da Escola de Economia de Kiev.

​► O Presidente dos Estados Unidos garantiu “apoio total” à Finlândia e Suécia durante o processo de adesão à Aliança Atlântica, afirmando que os dois países nórdicos “cumprem todas as exigências da NATO e mais algumas”.

► O Senado norte-americano aprovou hoje um pacote de ajuda militar, económica e humanitária à Ucrânia de quase 40 mil milhões de dólares — a maior quantia entregue, até à data, a Kiev. A ajuda foi aprovada com 86 votos a favor e 11 votos contra — todos de senadores republicanos. Também os países do G7 concordaram apoiar a Ucrânia com 18,4 mil milhões de dólares.

► Chefes do Estado-Maior norte-americano e russo falaram hoje pela primeira vez desde o início da guerra, por iniciativa dos Estados Unidos, para discutir “preocupações de segurança”, avançou o Pentágono.

Sugerir correcção
Comentar