Taylor Swift recebe doutoramento honoris causa da NYU e diz aos estudantes que “vai ficar tudo bem”

Num discurso direcionado aos estudantes da Universidade de Nova Iorque, a cantora admite que vão errar na vida, mas, com isso, vão “tornar-se mais resilientes”.

universidade,celebridades,impar,taylor-swift,nova-iorque,musica,
Fotogaleria
Reuters/SHANNON STAPLETON
universidade,celebridades,impar,taylor-swift,nova-iorque,musica,
Fotogaleria
Reuters/SHANNON STAPLETON
universidade,celebridades,impar,taylor-swift,nova-iorque,musica,
Fotogaleria
EPA/JUSTIN LANE
universidade,celebridades,impar,taylor-swift,nova-iorque,musica,
Fotogaleria
EPA/JUSTIN LANE
Fotogaleria
EPA/JUSTIN LANE
Fotogaleria
EPA/JUSTIN LANE

A cantora e compositora Taylor Swift, 32 anos, recebeu um doutoramento honoris causa em Belas Artes pela Universidade de Nova Iorque (NYU, na sigla inglesa). Foi nesta quarta-feira, e no seu discurso da cerimónia de graduação dos estudantes não só deste ano, mas dos dois anteriores, por causa da pandemia — por isso, o evento decorreu no estádio da equipa de basebol dos New York Yankees —, Taylor Swift confessou-se, em tom de brincadeira, “90% certa de que a razão por estar ali é porque tem uma música chamada ‘22’”, uma referência a este ano.

Num discurso dirigido aos recém-formados, a quem disse que “vai ficar tudo bem”, justificou: “A vida pode ser pesada, especialmente se tentarmos agarrar em tudo de uma vez. Parte de crescer e abrir novos capítulos na nossa vida é sobre pegar e largar”, disse a artista, conhecida pelo sucesso “Shake It Off”. “Podemos escolher para o que é que temos tempo e espaço na nossa vida”, acrescentou, confessando que tal implica um misto de sentimentos e expectativas. “Tenho algumas boas notícias: Tudo depende totalmente de nós. Tenho algumas notícias aterradoras: Depende totalmente de nós”, acrescentou uma Taylor Swift vestida a preceito, igual a todos os outros finalistas.

Para a cantora é inevitável que se erre. “Por vezes, vamos errar. Eu também.” Mas, no final, “quando nos acontecem coisas difíceis, vamos recuperar, vamos aprender com isso e vamo-nos tornar mais resilientes por causa disso”, explicou, citada pela revista People. E precisamos dos outros, continua, A cantora assinalou ainda o facto de ninguém presente na cerimónia ter “feito tudo sozinho”. “Cada um de nós é uma colcha de retalhos daqueles que nos amaram, que acreditaram nos nossos futuros, que nos mostraram empatia e gentileza ou que nos contaram a verdade mesmo quando não era fácil de ouvir”, explica.

É, por isso, que Taylor Swift tem a expectativa de que os novos graduados possam encontrar a sua “própria forma de expressarem a sua gratidão por todos os passos e erros que os levaram” até onde estão agora. Afinal, têm razões para isso: “Vocês trabalharam, esforçaram-se, sacrificaram-se, estudaram e sonharam para estar aqui hoje.”

Um diploma por uma carreira de sucesso

Aos 15 anos, Taylor Swift já ingressara no mundo da música e, cedo, deixou os estudos em detrimento de uma carreira de sucesso. “Nunca cheguei a ter uma experiência universitária. Fui para a escola pública no secundário até ao 10.º ano e depois acabei a minha educação a fazer trabalhos da escola no chão de terminais de aeroporto”, revelou no seu discurso, citada pela ABC News Australia.

A cantora falou ainda da pressão para não errar a que foi sujeita durante o seu crescimento por ser um modelo para milhões de adolescentes. “Estava a ser alimentada com a mensagem de que se eu não cometesse nenhum erro, todas as crianças nos Estados Unidos iriam crescer e ser anjos perfeitos”, disse, acrescentando que não deseja a mesma experiência a ninguém.

Durante a sua carreira de mais de 15 anos, Taylor Swift vendeu já mais de 100 milhões de álbuns e conta com 11 Grammys no seu repertório. Entre os prémios ganhos, estão três Grammys de melhor álbum — tendo sido a primeira mulher a alcançar esse feito: “Folklore” em 2021; “1989” em 2016; e “Fearless” em 2010. Em 2019, foi-lhe atribuído o título de “Artista da Década” pelos American Music Awards. No mesmo ano, ganhou o prémio de “Mulher da Década” da Billboard.

Foto

A sua carreira foi agora reconhecida pela NYU, uma instituição que já oferecia um curso sobre Taylor Swift, abordando, inclusive, a sua evolução não só como artista musical, mas também a sua capacidade criativa e empreendedora. Entre as temáticas abordadas, estão ainda a sua representação mediática e a sua influência no trabalho de outros cantores como Olivia Rodrigo e Billie Eilish, por exemplo.

Em comunicado, a propósito da atribuição do doutoramento em Belas Artes, a NYU descreveu a cantora como “uma das artistas mais prolíficas e celebradas da sua geração”. Em tempos, Taylor Swift já tinha admitido a sua vontade em receber um honoris causa e justificou: “Eu quero muito um doutoramento honoris causa, porque o Ed Sheeran tem um, e acho que ele me olha com desdém porque eu não tenho”, disse numa entrevista à Vogue, em 2016.


Texto editado por Bárbara Wong

Sugerir correcção
Ler 3 comentários