Portugal espera expulsão “iminente” de funcionários diplomáticos

As retaliações da Rússia têm-se sucedido nos últimos dias e espera-se que se estendam a Portugal em breve.

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Manifestação contra a guerra convocada pelas juventudes partidárias, junto a Embaixada da Federação da Russia Paulo Pimenta

A Rússia anunciou nesta quarta-feira a expulsão de 27 diplomatas espanhóis e 24 italianos, em retaliação por medidas semelhantes adoptadas por aqueles países a seguir à invasão da Ucrânia. A informação foi veiculada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo pouco depois de ter divulgado que iria também expulsar 34 diplomatas franceses e um dia depois de ter decidido expulsar dois diplomatas finlandeses. O número de diplomatas espanhóis e italianos considerados agora persona non grata é idêntico ao dos diplomatas russos que os governos dos dois países europeus decidiram expulsar dos seus países em Abril.

No Ministério dos Negócios Estrangeiros português espera-se idêntica reacção russa a qualquer momento, disse ao PÚBLICO um alto quadro do Palácio das Necessidades. “Deve estar iminente”, afirmou o diplomata, e não será uma surpresa, dada a expulsão, em Abril, de dez funcionários da embaixada russa em Lisboa.

A expectativa é que a Rússia expulse diplomatas portugueses do mesmo nível profissional dos russos que foram expulsos, ou seja, abaixo da categoria de embaixador ou chefe de missão.

Relativamente aos casos divulgados nesta quarta-feira, segundo o embaixador de Espanha em Moscovo, Marcos Gómez Martínez, os diplomatas — que pertencem à embaixada em Moscovo e ao consulado geral em São Petersburgo — terão de abandonar a Rússia num prazo de sete dias. Já no caso dos 34 franceses, os diplomatas declarados persona non grata devem deixar o país no prazo de duas semanas.

Por seu lado, o primeiro-ministro italiano, Mário Draghi, reagiu à decisão anunciada por Moscovo, considerando-a um “acto hostil”, mas apelando para que não sejam cortados todos os canais diplomáticos.

Anteontem havia sido anunciada a decisão de expulsar dois diplomatas finlandeses. com Lusa

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