Pentágono revela que têm sido observados mais objectos voadores não identificados

Avanço tecnológico e um crescente interesse do Pentágono em decifrar as origens de objectos voadores pode explicar o aumento de observações de “fenómenos aéreos não identificados”. Nenhum dos casos parece apontar para alienígenas extraterrestres.

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Scott Bray durante a audiência pública no Congresso dos EUA na terça-feira EPA/JIM LO SCALZO

Nos últimos 20 anos, a ocorrência de objectos voadores não identificados (OVNI) tem sido mais frequente, anunciaram na terça-feira dois responsáveis do Pentágono. Apesar de as suas origens ainda estarem a ser investigadas, não é provável que se trate de alienígenas extraterrestres.

“Há um pequeno número [de eventos] com características de voo que não conseguimos explicar com os dados que temos disponíveis”, afirmou Scott Bray, director adjunto da inteligência naval dos EUA, após uma audiência pública no Congresso convocada especificamente para discutir este tema, o que já não acontecia há 50 anos.

Ainda que geralmente se consiga identificar e caracterizar os objectos voadores, nos últimos anos têm aumentado as ocorrências de objectos que parecem mover-se sem qualquer meio de propulsão, explica Bray, citado pela BBC. Contudo, “não detectámos nada que sugerisse uma origem não terrestre”, garante, justificando que até agora não foram registadas tentativas de estabelecer comunicação da parte desses objectos.

Ainda há 11 meses o Governo dos EUA revelara num relatório que, desde 2004, tinham sido identificados mais de 140 casos de “fenómenos aéreos não identificados” (UAP), como os militares americanos designam os OVNIs. Desde então, o número total de casos registados oficialmente subiu para 400. Os responsáveis dizem que esta subida de ocorrências deriva do avanço tecnológico e de um interesse acrescido do Pentágono em decifrar as observações de objectos voadores.

Ambos os responsáveis asseguraram ainda que irão continuar as investigações e que estão a priorizar a segurança nacional. É possível que alguns destes objectos tenham sido confundidos com drones ou pássaros, por exemplo, ou resultado de testes de equipamentos realizados por outras potências mundiais, como a Rússia ou a China. “Sabemos que os nossos membros de serviço encontraram fenómenos aéreos não identificados, e dado que a UAP representa potenciais riscos de segurança de voo e de segurança geral, estamos empenhados em determinar as suas origens”, declarou Ronald Moultrie, o segundo responsável, segundo a Reuters.

Na audiência foram apresentados dois vídeos destas ocorrências até agora inexplicáveis. Num deles via-se um objecto que parecia ter descido milhares de metros antes de ficar a pairar no céu e o segundo mostrava um a passar por um caça da Marinha dos EUA.

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