Federação de Cicloturismo pede ao Governo “aposta efectiva na bicicleta”

FPCUB considera aposta na utilização de bicicletas essencial para “dar uma melhor resposta à crise energética”.

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FPCUB considera ser "fundamental" o incentivo ao uso de bicicletas Rui Gaudencio

A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) solicitou na terça-feira ao ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, uma “aposta efectiva na bicicleta” para “dar uma melhor resposta à crise energética”.

A FPCUB considerou que as propostas apresentadas na terça-feira podem contribuir, “de forma decisiva, para se alcançar a meta nacional de utilização de bicicleta de 7,5% e meta das cidades de 15%”.

Num comunicado, o organismo observou que a dotação financeira da aquisição de bicicletas e veículos de mercadorias deveriam ser revistos em alta, de modo a reduzir a dotação financeira das viaturas ligeiras de passageiros.

“Ao nível do Programa de Apoio Edifícios +Sustentáveis considera a FPCUB que deve ser introduzida a possibilidade de apoio à criação de balneários e de bicicletários de apoio para quem se desloca de bicicleta para esses mesmos edifícios”, adiantou também.

A FPCUB considerou ainda “fundamental que se implemente um incentivo à sua utilização, fazendo com que as bicicletas compradas sejam efectivamente utilizadas e acabem por ter impacto nas deslocações quotidianas”.

Na reunião com Duarte Cordeiro, foram apresentados exemplos de quatro países (Países Baixos, França, Reino Unido e Bélgica) e da região espanhola da Andaluzia, que incentivam uso da bicicleta, pagando por quilómetro pedalado.

“Para a FPCUB é também importante que o Fundo Ambiental possa financiar a implementação de sistemas de bicicletas partilhadas nas cidades, desde que estes cumpram os requisitos mínimos previstos nas boas práticas internacionais”, alertou.

Apontando para transformações nas cidades para que pessoas usem meios de transporte mais sustentáveis, a FPCUB solicitou ao governante a criação de “um Programa de Apoio à Transformação de Ruas e Avenidas existentes que visem a introdução de condições para a utilização da bicicleta”.

“A FPCUB considera crucial que a Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa tenha um reforço de recursos humanos, uma dotação orçamental própria e maior, para que possam existir verdadeiras transformações nas nossas localidades”, acrescentou.

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