No Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, cinco textos para recordar

A 17 de Maio celebra-se o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Mote para recordar cinco artigos que vale a pena voltar a ler.

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O Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia celebra-se no dia 17 de Maio

São gays, lésbicas, pessoas transgénero, não-binárias ou drag queens. Para recordar, e para que a liberdade nunca mais lhes seja negada, recordamos cinco textos aqui publicados, a propósito do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

O amor entre dois homens também é vintage — e estas imagens centenárias comprovam-no

Um retrato que data de 1920 imortaliza o amor proibido de dois homens que trocam olhares de cumplicidade enquanto seguram o cartaz com a mensagem “Não somos casados, mas estamos dispostos a ser”. Cerca de 100 anos depois, numa era em que o casamento homossexual já é permitido em vários países, Hugh Nini e Neal Treadwell encontram-na numa loja de antiguidades em Dallas, no Texas.

Quem seriam aquelas duas pessoas? E como é que aquela fotografia acabou numa loja de antiguidades no meio de tantas outras que nada tinham de extraordinário? A busca inspirou um livro.

Que futuro há na Ucrânia para as pessoas LGBTI? “Tortura, resistência ou liberdade”

Viktor Pylypenko, soldado ucraniano gay, tem consciência que é um alvo particular para os russos. Desde 2018, data em que se assumiu homossexual, que a sua vida passou a ser divulgada nos meios de comunicação russos para descredibilizar as tropas da Ucrânia.

Anastasiia vive num prédio de Kiev protegido pela unidade militar de Viktor. Coordena “quase todo o apoio a pessoas trans que ainda estão ou já partiram da Ucrânia”.

Vira Chernygina e Anna Sharyhina juntam-se na mesma casa, agora um abrigo dos sucessivos bombardeamentos das tropas russas em Kharkiv (Carcóvia), com a convicção de que a Ucrânia vencerá a guerra.

O diário íntimo de Laurence Phylomène, pessoa não-binária em transição de género

A palavra “não-binário” é ainda recente no vocabulário de Laurence Phylomène. Na adolescência, à medida que crescia, aumentava a dúvida em relação ao género com o qual se identificava. Um homem? Uma mulher? Nenhum.

Em Janeiro de 2019, começou fotografar as mudanças que as injecções de testosterona produziam no seu corpo cada vez mais andrógeno e desenvolveu o ensaio fotográfico Puberty. “A princípio, a minha família não percebia porque é que eu queria fazer a transição”, explica.

No total, são 288 páginas de um fotolivro que espelha a transição “de um mundo colorido” que é o seu. E que partilha agora com o mundo.

A fotógrafa que documentou a vida das mulheres lésbicas nos anos 70

Para a fotógrafa Joan E. Biren (ou JEB como é conhecida), as fotografias de mulheres lésbicas dos anos 70 não representavam a realidade que os seus olhos viam. “Não se pareciam comigo, com as minhas amantes, com as minhas amigas”, explica.

Desde 1971 que se dedica retratar e documentar as vidas das comunidades LGBTQI+ nos Estados Unidos que viriam a dar origem ao fotolivro Eye to Eye: Portraits of Lesbians, editado pela artista em 1979 e reeditado em Março de 2021, pela Anthology Editions.

Rita von Hunty: a drag queen que dá “armas” para desbravar “lugares cheios de proibições”

As roupas vintage e as perucas dos anos 50 são as armas utilizadas pela drag queen Rita von Hunty durante as aulas no canal do YouTube Tempero Drag.

Há seis anos que a drag queen brasileira criada por Guilherme Terreri Pereira discute temas como a luta de classes, a meritocracia ou explica o significado da sigla LGBTQIA+, que nunca vai deixar de ganhar novas letras. Os temas podem variar, mas a missão é sempre a mesma. “As coisas têm um lado. Neutro só mesmo o champô de bebé.”

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