Ryanair com perdas de 355 milhões de euros no último ano

Volume de negócios quase triplicou em 2021, mas com preços médios 27% mais baixos. Companhia irlandesa transportou 97,1 milhões de pessoas, reduzindo o prejuízo em 460 milhões de euros.

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A empresa destaca a abertura de 15 bases em 2021, entre as quais a da Madeira HOMEM DE GOUVEIA (Arquivo)

A companhia aérea Ryanair anunciou nesta segunda-feira um prejuízo de 355 milhões de euros no último ano fiscal (até 31 de Março), quando no mesmo período de 2021 registou perdas de 815 milhões de euros.

A transportadora irlandesa de baixo custo disse que o volume de negócios quase triplicou, com um aumento de 193%, para 1640 milhões de euros, mas a tarifa aérea média caiu 27%, para 27 euros, por razões que a empresa atribui à pandemia e à guerra na Ucrânia.

Por outro lado, registou uma “forte recuperação” no tráfego de passageiros, de 27,5 milhões de utilizadores em 2020 para 97,1 milhões em 2021. Ainda assim, sublinha a administração, o nível de tráfego actual permanece 35% abaixo dos níveis pré-pandémicos.

No relatório enviado ao mercado, a administração destaca a abertura de 15 novas bases (incluindo a da Madeira) e a duplicação da sua capacidade a partir de aeroportos como Lisboa.

Queixa-se ainda das ajudas de Estado a companhias como Alitalia, Air France/KLM, Iberia, LOT, Lufthansa, SAS, TAP, entre outras, o que “vai distorcer a concorrência na União Europeia e manter companhias de bandeira ineficientes e com custos elevados por mais alguns anos”, defende.

A empresa confirmou também que pretende investir na criação de dois centros de treinos, no valor de 100 milhões de euros, um dos quais na Península Ibérica. No ano passado, a Ryanair abriu o seu primeiro centro em Dublin, que custou 50 milhões de euros.

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