Moscovo surpreendida com saída da Siemens da Rússia ao fim de 170 anos

Rússia expressou “grande surpresa” pela saída da empresa alemã, anunciada na quinta-feira.

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Saída da Siemens da Rússia, assim como da Bielorrússia, é “resultado da guerra na Ucrânia” EPA/YURI KOCHETKOV

A Federação Russa exprimiu esta sexta-feira “a sua grande surpresa” pela decisão do grupo tecnológico e industrial alemão Siemens de sair do mercado russo por causa da decisão do Kremlin de ordenar a invasão da Ucrânia.

“Quanto à cooperação com a Siemens, na realidade é uma diferença grande para nós, porque a empresa está presente no mercado russo há mais de 150 anos”, desde o tempo da Rússia czarista”, disse o ministro do Comércio e Indústria, Denis Manturov.

Acrescentou que a decisão foi “inesperada” e que lhe pareceu “bastante estranha”.

O ministro russo recordou que, perante as sanções impostas à Federação Russa, Moscovo permitiu importações paralelas de produtos sem a autorização dos titulares da propriedade intelectual.

O presidente e administrador-delegado da Siemens, Roland Busch, afirmou na quinta-feira que a empresa tinha decidido “terminar de forma ordenada as suas actividades na Federação Russa”, onde estava desde há quase 170 anos.

"Juntamo-nos à comunidade internacional na condenação da guerra na Ucrânia e estamos focados no apoio e na prestação de ajuda humanitária”, lê-se numa nota do grupo tecnológico, sublinhando que o fim das actividades na Rússia, assim como na Bielorrússia, é “resultado da guerra na Ucrânia”.

A Siemens refere ter sido “uma das primeiras a suspender todos os novos negócios e entregas internacionais à Rússia”, de forma a avaliar a situação para “garantir a segurança” dos seus três mil trabalhadores no país.

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