Reino Unido anuncia novas sanções que incluem ex-mulher de Putin

As sanções do Reino Unido começaram no primeiro dia da guerra. Os oligarcas de Londres não vão ter onde se esconder”, assegurou então Boris Johnson.

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Vladimir e Lyudmila em 2008, seis anos antes do divórcio Reuters

A ex-mulher de Vladimir Putin, alguns familiares e membros do seu círculo íntimo foram nesta sexta-feira incluídos numa nova lista de 12 nomes que fazem parte das sanções levantadas pelo Reino Unido à Rússia. No total, são já mil as pessoas sancionadas e 100 as entidades (como bancos, empresas, etc.).

Esta última ronda de sanções pretende, de acordo com um comunicado emitido pelo gabinete da ministra dos Negócios Estrangeiros da Grã Bretanha, Liz Truss, atingir a “rede obscura que sustenta o estilo de vida de luxo de Putin”.

“Estamos a expor e a minar a rede obscura que sustenta o estilo de vida luxuoso de Putin e a apertar o cerco ao seu círculo íntimo. Continuaremos com sanções a todos aqueles que ajudam e favorecem a agressão de Putin até que a Ucrânia prevaleça”, lê-se no comunicado. Oficialmente, os bens pessoais de Putin são modestos, e o seu estilo de vida está a ser “financiado por uma cabala de familiares, amigos e elites”, acrescenta. “A sua recompensa é a influência nos assuntos estatais russos que vão além dos seus cargos oficiais”, diz a nota sobre os visados.

Além da ex-primeira-dama da Federação Russa e mulher de Putin até 2014, Lyudmila Ocheretnaya, também o empresário russo e primo em primeiro grau do Presidente, Mikhail Shelomov (vice-presidente da Gazprom), e a ex-namorada do Presidente, a antiga ginasta olímpica Alina Kabaeva, passaram a integrar a lista.

Além disso, vários parentes de Putin com cargos executivos em grandes empresas estatais russa, como é o caso do Porto de Pechenga, também passam a ter os seus activos congelados e a estar proibidos de viajar.

Logo no primeiro dia da guerra, a 24 de Fevereiro, Boris Johnson anunciou “o maior pacote de restrições que a Rússia alguma vez viu”. Bens de oligarcas e empresas com ligação a Putin foram congelados e as exportações em áreas estratégicas suspensas. “Continuaremos, numa missão sem remorsos, a ‘apertar’ a Rússia na economia mundial, bocadinho a bocadinho, dia a dia”, prometeu o primeiro-ministro britânico. “Os oligarcas de Londres não vão ter onde se esconder”, assegurou Johnson.

Na altura, foram aprovadas medidas como:

  • exclusão total dos bancos russos do sistema financeiro britânico;
  • impedir que empresas russas se financiem no Reino Unido ou contraiam empréstimos;
  • alargamento das sanções à Bielorrússia, pelo papel do país nos ataques russos;
  • congelar os bens a mais de 100 entidades e indivíduos que financiam o exército russo;
  • proibir a actividade da companhia aérea estatal russa Aeroflot no Reino Unido;
  • impor restrições às trocas comerciais;
  • pmplementar legislação que impeça a exportação de bens que podem ser usados para fins militares;
  • suspender a exportação de certos componentes tecnológicos;
  • e criar uma célula para monitorizar cumprimentos das sanções.

Actualmente, as sanções já atingem 1000 indivíduos e 100 entidades.

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