7 dias, 7 fugas: entre bifanas e cocktails, contam-se histórias, segredos e memórias

Na semana que faz a festa aos museus, Há Prova em Oeiras, uma Feira de Doces Conventuais em Amarante, bacalhau em Marvão, brindes no Lisbon Bar Show, Festival Islâmico em Mértola e bifanas aos molhos em Vendas Novas.

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Feira da Bifana em Vendas Novas DR/CM Vendas Novas
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Feira de Doces Conventuais de Amarante DR
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Mértola volta a transformar-se num imenso souk, cortesia do 11.º Festival Islâmico DR/CMM Mértola
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O Lisbon Bar Show torna a encher o copo aos profissionais e apreciadores da mixologia DR
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XII Quinzena Gastronómica do Bacalhau em Marvão DR
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Guimarães a Ruminar o Museu DR

Sábado, 14: Há Prova em Oeiras

Os jardins e o Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, emprestam a moldura; a gastronomia e os vinhos da região “pintam” o quadro. É mais uma edição, a oitava, da mostra Há Prova em Oeiras, que durante três dias (13 a 15 de Maio) se presta a promover o monumento e os trunfos locais, sem esquecer a rota de vinhos que passa por Bucelas, Carcavelos e Colares. À exposição, venda e prova dos néctares (4€/prova com direito a copo e pulseira), junta-se a degustação servida pelos restaurantes associados (com acepipes entre os 3€ e os 5€) e actividades como workshops, demonstrações culinárias ou visitas guiadas à adega. A mostra está aberta sexta, das 18h às 24h; sábado, das 12h30 às 24h; e domingo, das 12h30 às 21h. A abrilhantar o cartaz do último dia estão Mulheres com Tomates. Criado para “dar voz a mulheres inspiradoras do mundo da gastronomia e turismo”, o evento alinha a “viagem sensorial pelo vinho” de Patrícia Gabriel, a degustação de uma “criação exclusiva com Vinho de Carcavelos Villa Oeiras” da chef pasteleira Sara Soares e a conversa Chefs e a Cidade, que senta à mesma mesa as especialistas Ana Moura, Angélica Cardoso, Maria Solivellas, Marlene Vieira e Noélia. O programa é de entrada livre, mas sujeito a inscrição em nutsbranding.com.

Domingo, 15: em Amarante, segredos do convento

Foguetes, lérias, brisas do Tâmega, S. Gonçalos, papos d’anjo… Estas são apenas algumas das delícias feitas à base de ovos, amêndoas e açúcar e inspiradas nas receitas originais do Convento de Santa Clara de Amarante. Com o carimbo Sabores e Tradições com Séculos de História, estão à prova na 16.ª Feira de Doces Conventuais, que tem lugar nos Claustros da Igreja de S. Gonçalo e do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, entre 13 e 15 de Maio, numa organização da Associação Empresarial de Amarante. A rechear a oferta em banca, há ainda animação musical e danças. Com entrada livre, pode ser visitada e saboreada das 12h às 24h (sexta), das 10h às 24h (sábado) e das 12h às 19h (domingo).

Segunda, 16: em Marvão, bacalhau com todos

A servir de base a sopas gatas, em açorda ou cataplana, dourado ou corado em cama de puré de grão, assado em azeite, num arroz de línguas ou numas pataniscas com arroz de tomate. O fiel amigo torna a ser rei e senhor das ementas na XII Quinzena Gastronómica do Bacalhau em Marvão. Empratada entre 14 e 29 de Maio, nos 13 restaurantes locais que responderam ao desafio do município – lista disponível aqui com a nota agradecimento a marcações prévias –, leva a tradição marvanense (e portuguesa) à mesa, dando a conhecer algumas das 1001 formas de confeccionar bacalhau e harmonizando as receitas com os vinhos e azeites da terra.

Terça, 17: Lisboa em brindes

Sedento de brindes presenciais, após dois anos de bar fechado, e com estatuto firmado como “um dos maiores eventos de cocktails e hospitalidade da Europa”, o Lisbon Bar Show torna a encher o copo aos profissionais e apreciadores da mixologia. Nesta sétima edição – aberta nos dias 17 e 18 de Maio, das 13h às 21h, na Sala Tejo da Altice Arena – é França o país em destaque num programa que mistura “as últimas tendências do sector” com o “trabalho criativo que se desenvolve em Portugal e no mundo”, anuncia a organização. A feira acolhe um total de 120 expositores recheados de novidades em técnicas, utensílios e ingredientes (atenção às frutas desidratadas) e regados por harmonizações gastronómicas, palestras, degustações, workshops e demonstrações de estrelas como Patrick Pistolesi, Christian Maspes, Júlio Bermejo, Danil Nevsky, Liz Furlong, Paulo Gomes, Nelson de Matos, Ana Camacho ou Flavi Andrade. Não falta sequer um brinde com um mojito gigante (dia 18, às 17h). A entrada para a feira custa 30€; o cartaz está disponível aqui.

Quarta, 18: Guimarães a Ruminar o Museu

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães convida a Ruminar o Museu. A ideia é embarcar numa performance que é também “um percurso guiado e uma reflexão poética” e que envolve degustações. Criada para o espaço por André Alves, Filipa Araújo e Max Fernandes e outros artistas, anda entre o interior e o exterior a proporcionar “experiências audiovisuais e sensoriais que pensam a história enquanto narração, degustação e metabolismo”, com passagem pela memória do local, onde antes funcionou o mercado vimarense. Marcada para esta quarta-feira, às 19h, faz parte de todo um programa pensado para passar a data a celebrar o Dia Internacional dos Museus. Nos planos há ainda visitas orientadas pel’A Oficina ao ciclo de exposições Voz Multiplicada (às 10h, 11h e 12h), oficinas de artes visuais (às 14h) e de correspondência (às 15h30), e uma conversa sobre Um museu na cidade (às 21h30). Assinalado a 18 de Maio, o Dia Internacional dos Museus multiplica-se em centenas de propostas por todo o país e para todas as idades, quase sempre com entrada livre. Este ano, a elege O Poder dos Museus como tema, para destacar a sua força transformadora e “o seu importante papel na construção de um futuro melhor”. É só escolher no mapa.

Quinta, 19: Mértola às raízes

O centro histórico da vila-museu de Mértola volta a transforma-se num imenso souk, cortesia do 11.º Festival Islâmico. Numa tradição que atrai milhares de visitantes e marca encontro a cada par de anos – excepção feita a 2021, que viu a edição cancelada por conta da pandemia – as ruas enchem-se de cores, cheiros e sabores de outros tempos, celebrando a herança árabe e o (re)encontro de culturas. O mercado assenta arraiais entre 19 e 22 de Maio, e, este ano, não fica confinado ao centro, estendendo-se “entre a alcáçova (o núcleo) e os arrabaldes (a envolvente)”. Cabedais, djellabas, incenso, especiarias, sândalo, chá de menta, bijutaria, cerâmica e doçaria, da terra mas também de outras paragens (como Marrocos, Tunísia, Egipto ou Espanha), são algumas das atracções nas bancas espalhadas pelas ruas estreitas e íngremes e cobertas por panos coloridos e caniços. Com a bandeira da fusão vêm também música, exposições e oficinas. De entrada livre, tem as portas abertas das 10h às 24h (excepto domingo, em que encerra às 19h).

Sexta, 20: Vendas Novas, bifanas aos molhos

Há muito que são famosas. Tanto que se tornaram marca registada e símbolo do município alentejano de Vendas Novas, capital de Portugal no que às bifanas diz respeito. Depois de um par de anos sem conduto, a Feira da Bifana volta à serventia, entre 20 e 22 de Maio, na Parada D. Pedro V. Nesta terceira edição, participam oito casas certificadas da terra – 100% Bifanas Originais, Bifanas & Companhia, A Chaminé, QM QB, Mercado das Bifanas, Mostarda QB, O Silva e O Menino de Ouro –, todas empenhadas em mostrar que a iguaria é muito mais do que apenas carne no pão. Assim atesta a cartilha partilhada com tradição, que se desdobra em várias versões, à medida de cada estabelecimento: “feita com um bife de carne de porco bem batido da melhor qualidade, frito num molho secreto servido dentro de um papo-seco mais ou menos torrado. No prato, com batatas fritas, com queijo, ovo estrelado ou na versão grelhada”. A acompanhar, há música, artesanato, animação infantil e o concurso Rei & Rainha da Bifana, que põe a coroa em quem conseguir comer mais bifanas em dez minutos. O certame está aberto sexta, das 18h às 2h; sábado, das 16h às 2h; e domingo, das 16h às 24h. A entrada é livre.

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