Os homens não engravidam

Um médico não tem de ser compensado ou penalizado por uma decisão pessoal de um utente porque, simplesmente, a última decisão não é sua.

Recompensar médicos de Unidades de Saúde Familiares pela ausência de interrupções voluntárias da gravidez (IGV) ou de doenças sexualmente transmissíveis nas mulheres que são suas utentes parece mais uma norma aprovada pelo patriarcado do que pela Direcção-Geral da Saúde. A proposta de remuneração variável em função de critérios como aqueles, que foi entregue ao Ministério da Saúde, é paternalista, infantiliza as mulheres e constitui um tratamento desigual entre géneros.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 37 comentários