Eurovisão: Maro vai à final

A primeira semifinal da 66.ª edição do festival, cuja final é no sábado, decorreu esta terça à noite, em directo a partir de Turim.

Foto
Maro, acompanhada por Beatriz Pessoa, Beatriz Fonseca, Carolina Leite, Diana Castro e Milhanas, interpreta Saudade, saudade em Turim DR

Maro, ou Mariana Secca, passou à final da Eurovisão. A portuguesa conseguiu um lugar no espectáculo de sábado graças à sua Saudade, saudade. Essa foi uma das dez canções qualificadas na primeira semifinal da 66.ª edição do festival que arrancou esta terça-feira à noite em Turim, na Itália, apresentado por Laura Pausini, Mika e Alessandro Cattelan. Há nova semifinal na quinta-feira, às 21h30, na qual dois dos apresentadores, Mika e Laura Pausini, farão um dueto.

Maro apresentou-se no palco mais pequeno da Eurovisão, com, como tinha dito ao PÚBLICO, fumo a sair dos pés e a fazer um círculo com as outras vozes que a acompanham, Beatriz Pessoa, Beatriz Fonseca e Carolina Leite, que já tinham actuado com ela aquando da vitória no Festival da Canção em Março, bem como Diana Castro e Milhanas, que tinham sido concorrentes do mesmo festival. Milhanas foi uma surpresa, já que, na semana passada, tinha testado positivo à covid-19, só se prevendo acabar o isolamento a tempo da final de sábado.

Além de Portugal, foram qualificados a Suíça, com Boys do Cry, de Marius Bear, uma balada que, como o nome indica, é sobre os homens também chorarem, a Arménia, com Snap, de Rosa Linn, que foi comparada a Taylor Swift, com algumas acusações de plágio à mistura, ou a Islândia, com Með Hækkandi Sól, das três irmãs Systur. Houve ainda espaço para a Lituânia, com Sentimentai, de Monika Liu, que canta, entre a balada e a dança, sobre sentimentos em lituano, a primeira vez que tal acontece no festival desde 1994; para a Noruega, com Give That Wolf a Banana, dos Subwoolfer, que se vestem de lobos e cantam sobre o lobo mau; para a Grécia, com Die Together, de Amanda Georgiadi Tenfjord, balada para o épico sobre uma relação a chegar ao fim; e para a Ucrânia, com Stefania, do grupo de folk-rap Kalush Orchestra, que são os favoritos à vitória e, ao contrário dos outros, trazem com eles flautas. Os dez apurados incluem também a Moldávia, com Trenulețul, uma mistura entre folclore e rock, como não se cansam de repetir, levada a cabo por Zdob şi Zdub em parceria com os Advahov Brothers, e, por fim, a Holanda, com De Diepte, da baladeira S10.

De fora ficaram a Albânia, representada por Ronela Hajati, a Letónia e os seus Citi Zēni, a Eslovénia e os seus LPS, a Bulgária e os seus Intelligent Music Project, a Croácia, com Mia Dimšić, a Dinamarca e as REDDI, bem como a Áustria, a quem foi dada voz por LUM!X com Pia Maria.

Na quinta-feira decidir-se-ão mais dez canções para disputar a final com as apuradas desta terça-feira e com as dos cinco grandes países da Eurovisão (Itália, Alemanha, França, Espanha e Reino Unido), que têm acesso directo. Os países em competição na segunda semifinal são Finlândia, Israel, Sérvia, Azerbaijão, Geórgia, Malta, San Marino, Austrália, Chipre, Irlanda, Macedónia do Norte, Estónia, Roménia, Polónia, Montenegro, Bélgica, Suécia e República Checa. A Rússia foi excluída do festival em Fevereiro, aquando da invasão da Ucrânia.

A cerimónia foi transmitida em directo pela RTP1, com alguns problemas de som, tanto nos comentários de Nuno Galopim, director da Antena 1 e um dos arquitectos do Festival da Canção, quanto nas actuações em si, com o som a baixar de repente a meio de canções. O visionamento tornou-se mais fácil através do YouTube, já que o canal da Eurovisão disponibiliza a cerimónia em directo.

Depois de ter ganhado a Eurovisão na Ucrânia em 2017, Portugal não tem tido a maior sorte no festival. No ano seguinte, O Jardim, de Isaura, cantado por Cláudia Pascoal, ficou em 26.º (e último) lugar na final onde automaticamente Portugal marcou presença por ser o país organizador e vencedor do ano anterior. Em 2019, Telemóveis, de Conan Osiris, não chegou à final. No ano seguinte, Medo de Sentir, de Marta Carvalho e cantada por Elisa, não chegou a apresentar-se na Europa, já que a Eurovisão foi cancelada por causa da pandemia. Já no ano passado, Love is On My Side, de The Black Mamba, ficou em 12.º lugar na final.

Sugerir correcção
Ler 37 comentários