EUA estão a investigar 109 casos de hepatite aguda infantil que causaram cinco mortes

Foi confirmado que mais da metade das crianças afectadas nos Estados Unidos testaram positivo para o chamado adenovírus “tipo 41”.

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Apesar de mais de 90% das crianças terem sido hospitalizadas, na maioria dos casos estas recuperaram, fez saber o CDC REUTERS/Tami Chappell

Os Estados Unidos estão a investigar 109 casos inexplicáveis de hepatite aguda em crianças, sendo que cinco destes resultaram em morte, anunciaram esta sexta-feira as autoridades de saúde norte-americanas. Os casos de inflamação grave do fígado foram detectados em 25 estados e territórios dos EUA e as crianças afectadas têm uma média de idades de apenas dois anos, referiu fonte dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, em inglês), em conferência de imprensa.

A mesma fonte referiu fora do país, principalmente na Europa, foram identificados mais de 200 casos. Devido à idade, a maioria das crianças afectadas não eram elegíveis para serem vacinadas contra a covid-19, esclareceu.

“A vacinação contra a covid-19 não é a causa” desta doença, garantiu Jay Butler, vice-director dos CDC responsável por doenças infecciosas, numa tentativa de acabar com os rumores que circulam na Internet. Jay Butler adiantou ainda que a infecção por covid-19 não foi descartada como uma causa provável.

Os CDC estão a analisar, no entanto, o rasto de um certo tipo de adenovírus, que são bastante comuns, mas que não eram conhecidos por causar casos de hepatite em crianças saudáveis.

Foi confirmado que mais da metade das crianças afectadas nos Estados Unidos testaram positivo para o chamado adenovírus “tipo 41”.

“Os investigadores aqui e em todo o mundo estão a trabalhar o mais afincadamente possível para determinar a causa”, assegurou.

Os casos nos EUA ocorreram nos últimos sete meses e 14% das crianças afectadas tiveram que receber um transplante de fígado. “Sabemos que esta notícia pode ser preocupante, especialmente para os pais de crianças pequenas. É importante lembrar que esta hepatite grave é rara”, vincou Jay Butler.

Apesar de mais de 90% das crianças terem sido hospitalizadas, na maioria dos casos estas recuperaram.

Em Portugal, a pesquisa em curso já está a dar frutos: até à data, foram reportados seis casos suspeitos em Portugal, adiantou esta sexta-feira o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, numa actualização ao balanço efectuado dois dias antes pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) – que anunciou que Portugal tinha quatro casos suspeitos em crianças entre os sete meses e os oito anos, todos sem complicações graves e já com alta hospitalar, após internamento em Abril.

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