Trimaran da sustentabilidade alerta para a poluição dos oceanos

Embarcação é a principal atracção de evento realizado este domingo, na Marina de Cascais, em Lisboa.

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Trimaran SVR-Lazartigue demorou mais de três anos a ser construído,Trimaran SVR-Lazartigue demorou mais de três anos a ser construído GUILLAUME GATEFAIT,GUILLAUME GATEFAIT
Trimaran demorou mais de três anos a ser construído
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Trimaran SVR-Lazartigue demorou mais de três anos a ser construído Guillaume Gatefait

Com 32 metros de comprimento, 23 de largura, um mastro com 36 metros, um peso total de 15 toneladas e a bandeira da sustentabilidade, o Trimaran SVR-Lazartigue poderá ser observado de perto neste domingo, na Marina de Cascais. O evento público quer dar visibilidade à poluição nos oceanos.

No dia seguinte, o desportista francês Tom Laperche, skipper do trimaran, irá iniciar um périplo que terminará a 29 de Maio, no Porto de Gamarth, a norte de Tunes, na Tunísia, depois de ter passado por Barcelona, Marselha e Génova. A viagem vai servir como alerta para a situação dos plásticos que são lançados no mar.

O trimaran no momento em que foi colocado na água Guillaume Gatefait
A embarcação tem 32 metros de comprimento e 23 metros de largura Guillaume Gatefait
A embarcação é alimentada com energia eólica e energia solar Guillaume Gatefait
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O trimaran no momento em que foi colocado na água Guillaume Gatefait

A acção foi criada pela fundação Kresk 4 Oceans, do grupo Kresk do empresário francês Didier Tabary. O grupo é detentor das marcas de cosméticos SVR, Lazartigue e Fillmed, que dão nome ao trimaran. A fundação, além de publicitar estas marcas – que valem ao todo 200 milhões de euros –, apresenta-se como promotora da “sustentabilidade ambiental e social”, segundo Benoit Beyls, director-geral da Kresk Cosmetics.

“Pretende-se apostar na criação de acções de sensibilização e educação ambiental, para as actuais e futuras gerações”, assegura ao PÚBLICO Benoit Beyls. O responsável lembra que “todos os anos oito a 12 milhões de embalagens acabam nos oceanos e estima-se que em 2025 haverá no oceano uma tonelada de plástico para cada três toneladas de peixe”.

O trimaran, que demorou 40 meses a ficar preparado e cujo preço não foi divulgado, “foi construído com o objectivo da sustentabilidade”, afirma Benoit Beyls. A embarcação tem 250 metros quadrados de superfície de vela e é alimentada por energias renováveis: tem duas turbinas eólicas e 20 painéis solares.

No domingo, além do trimaran, quem for à marina poderá ver a exposição montada pela fundação, em parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), que dá a conhecer as particularidades do lixo que se encontra nas praias e nos oceanos. Como não é possível visitar o trimaran, haverá também uma experiência de realidade virtual que simula a sua navegação.

Além deste evento, a SVR e a Lazartigue vão lançar o projecto Verão Responsável junto com a ABAE. Nos meses do Verão, quem quiser pode devolver qualquer embalagem vazia de cosméticos dermatológicos nas farmácias que aderirem a esta acção e em 10 praias portuguesas, evitando que estes objectos acabem na natureza. Segundo os responsáveis, este material será transformado e terá uma segunda vida num produto que ainda está por definir.

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