Despejada família que ocupava ilegalmente casa no bairro de Francos no Porto

De acordo com a autarquia, a habitação estava a ser requalificada, tendo ficado vazia devido às obras que sofreu entre 01 de Fevereiro e 29 de Abril, data em que ficou disponível para ser atribuída a uma família em lista de espera.

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Bairro dos Francos Teresa Pacheco Miranda

A Câmara do Porto adiantou nesta sexta-feira ter despejado uma família que ocupava “ilegalmente” uma habitação municipal no bairro de Francos, numa acção que decorre da política de “tolerância zero” do município em situações que comprometem a “justiça social”.

À Lusa, a Câmara do Porto esclareceu que a empresa municipal Domus Social teve conhecimento na terça-feira, através de uma denúncia anónima, de que uma habitação do parque municipal no Bairro de Francos “tinha sido assaltada, arrombada e invadida”.

“A Domus Social confirmou os factos, verificando que a referida habitação se encontrava ilegalmente ocupada por uma família”, refere o município, acrescentando que foram tomadas “as diligências legais necessárias à desocupação da habitação” na quinta-feira.

De acordo com a autarquia, a habitação estava a ser requalificada, tendo ficado vazia devido às obras que sofreu entre 01 de Fevereiro e 29 de Abril, data em que “ficou disponível para ser atribuída a uma família que se encontrava a aguardar habitação na lista de atribuição de fogos municipais”.

“Num cenário onde existem muitas famílias a aguardar, há mais de um ano, por uma habitação em regime de renda apoiada, a ocupação deste fogo é, além de ilegal e abusiva, socialmente injusta e moralmente condenável”, destaca a autarquia.

A Câmara do Porto salienta ainda ter uma política de “tolerância zero” em situações que “comprometam a justiça social”, bem como para com comportamentos que “afectem seriamente a paz e a tranquilidade públicas”, considerando que é dever do município “agir, no imediato, no sentido de repor a legalidade e correcta afectação do património municipal aos interesses públicos e fins a que se destinam”.

À Lusa, a Câmara do Porto afirmou ainda que, por existirem menores envolvidos, o caso foi sinalizado à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Porto.

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