O direito ao aborto está sob ameaça nos EUA. Por isso, milhares saíram à rua

Manifestação em Boston, Massachusetts. Reuters/BRIAN SNYDER
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Manifestação em Boston, Massachusetts. Reuters/BRIAN SNYDER

Em 1973, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos aprovou o direito ao aborto até às 24 semanas de gestação — mas agora, 49 anos depois, esta decisão pode ser revertida. A notícia foi avançada pelo jornal norte-americano Politico, com base numa fuga de documentos internos do tribunal que mostravam uma maioria dos votos a favor da decisão. 

Redigido pelo juiz conservador Samuel Alito, com data de 10 de Fevereiro — e cuja publicação (com negociações e revisões) está prevista para 30 de Junho —, o documento pode fazer o país voltar a uma situação semelhante à anterior a 1973, quando cabia a cada Estado decidir se permitia ou não a interrupção voluntária da gravidez.

Sobre o tema, Joe Biden referiu que a sua administração está pronta a proteger o direito ao aborto e apelou aos eleitores para “elegerem candidatos que defendem o direito ao aborto em Novembro”, quando há eleições intercalares.

Por todo o país, uma onda de protestos estalou. Em Geórgia, Washington ou Arizona, fotógrafos da Reuters e da EPA captaram as marchas que levaram milhares às ruas inundadas de cartazes e faixas que apelavam ao direito de escolha. Um objecto constante: a cruzeta (utilizada em abortos caseiros). "Nunca mais", pedem.

Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona.
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona.
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona.
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona.
Protesto no exterior do Evo A. DeConcini U.S. Federal Courthouse, em Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Protesto em Atlanta, Georgia.
Protesto em Atlanta, Georgia. EPA/ERIK S. LESSER
Protesto em Nova Iorque.
Protesto em Nova Iorque. Reuters/JEENAH MOON
Manifestação em Boston, Massachusetts.
Manifestação em Boston, Massachusetts. Reuters/BRIAN SNYDER
Protesto em Atlanta, Georgia.
Protesto em Atlanta, Georgia. Reuters/ALYSSA POINTER
Protesto em Washington, DC.
Protesto em Washington, DC. EPA/WILL OLIVER
Atlanta, Georgia.
Atlanta, Georgia. EPA/ERIK S. LESSER
Atlanta, Georgia.
Atlanta, Georgia. EPA/ERIK S. LESSER
Washington.
Washington. Reuters/EVELYN HOCKSTEIN
Tucson, Arizona.
Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Tucson, Arizona.
Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER
Tucson, Arizona.
Tucson, Arizona. Reuters/STRINGER