O eterno Agosto de Elon Musk
O Twitter é apenas um espaço diminuto onde múltiplos espalhafatos colidem, e, se alguns desses espalhafatos vão depois ecoar noutros sítios, isso deve-se, em grande parte, à quantidade desproporcional de figuras da imprensa, política e entretenimento que lá anda.
“Deixem-me falar-vos dos muito ricos: eles são diferentes de nós”, escreveu F. Scott Fitzgerald num conto sobre os muito ricos. Depois de uma década a remoer o assunto, Hemingway citou a frase em As Neves do Kilimanjaro e colocou a resposta na boca do narrador: “Pois são: têm mais dinheiro.” Embora protegida pelos protocolos da literatura, a tirada pertence a outro reino: na brevidade contra-aforística, no antagonismo impulsivo, no modo como verte numa piada uma aparente diluição de senso comum para reduzir um tema inteiro ao ridículo, tem todas as propriedades formais de um tweet.
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