Sporting vence e lança a “confusão” para o clássico na Luz

Os “leões” garantiram a presença na Liga dos Campeões com o triunfo frente ao Gil Vicente, por 4-1, e mantêm a luta pelo título em aberto

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Reuters/PEDRO NUNES

Rúben Amorim tinha dito, na antevisão da partida contra o Gil Vicente, que o jogo da 32.ª jornada da I Liga tinha para o Sporting o “aliciante” de poder garantir a presença na Liga dos Campeões e “arranjar a confusão” para o clássico da próxima jornada entre o Benfica e FC Porto, no Estádio da Luz. Com um triunfo, por 4-1, o treinador sportinguista garantiu os dois objectivos. Com golos de Sarabia, Edwards, Lucas Cunha (na própria baliza) e Pedro Gonçalves, o Sporting derrotou o Gil Vicente, por 4-1, e manteve a luta pelo título em aberto.

Após regressar no Estádio do Bessa às vitórias, Amorim já tinha anunciado na antevisão da partida frente ao Gil Vicente que não iria contar com Coates. Sem surpresa, no flanco direito, havia também o regresso de Porro, que entrou para o lugar de Esgaio. Porém, a principal novidade foi a insistência num trio de ataque sem uma referência na área.

Embora Slimani seja já uma carta fora do baralho sportinguista, Paulinho, que não jogou contra o Boavista por castigo, estava disponível. Porém, no reencontro com a equipa que representou durante quatro temporadas, o internacional português ficou no banco.

Para tentar travar um ataque repleto de mobilidade, Ricardo Soares, que garantia em Alvalade um lugar na Liga Conferência com um triunfo, fez algumas alterações em relação ao último jogo contra o Paços de Ferreira, destacando-se os regressos de Fujimoto e Fran Navarro.

Tal como tinha acontecido há um mês frente ao Paços de Ferreira, na última vitória em Alvalade do Sporting para o campeonato, o início dos “leões” foi lento e sem grandes jogadas de perigo, mas uma grande penalidade ajudou a desbloquear o jogo. Frente aos pacenses, Sarabia assumiu a responsabilidade de marcar a penalidade e colocou o Sporting a ganhar aos 20’; contra os gilistas, o espanhol fez o 12.º golo na I Liga aos 21’.

Pouco depois, já depois de os minhotos pedirem um penálti de Adán sobre Léautey, Sarabia esteve perto do bis – o remate saiu ao lado -, mas o segundo golo sportinguista acabou mesmo por surgir: aos 36’, após uma defesa incompleta de Andrew, Edwards marcou o segundo golo pelo Sporting.

A ganhar por 2-0, a equipa de Amorim parecia que ia confirmar o apuramento para a Liga dos Campeões sem sobressaltos, mas, sem Coates, a fiabilidade da defesa “verde e branca” não é a mesma. Aos 40’, Talocha colocou a bola no fundo da baliza, mas o lance foi anulado pelo videoárbitro; no período de descontos, foi Navarro a bater o conterrâneo Adán, mas o fora-de-jogo assinalado ao espanhol foi revertido pelo VAR.

Com tudo em aberto para a segunda parte, nenhum treinador mexeu ao intervalo, mas a expectativa que o jogo manteria incerteza até final rapidamente foi defraudada. Aos 53’, após um bom passe de Matheus Nunes, Nuno Santos ganhou o duelo com Zé Carlos, cruzou e a bola embateu em Lucas Cunha, entrando na baliza de Andrew.

Dez minutos depois, Navarro derrubou na área Pedro Gonçalves e, mesmo estando Sarabia em campo, o extremo português teve a oportunidade de converter o castigo e fazer o oitavo golo no campeonato.

Com 4-1, o jogo estava decidido e, embora o Gil Vicente tenha voltado a colocar a bola no fundo da baliza de Adán – o golo foi anulado -, não conseguiu evitar o sexto jogo sem ganhar.

Para o Sporting, estava cumprido o objectivo de garantir a qualificação directa para a Liga dos Campeões e passar a responsabilidade para o outro lado: para garantir na próxima jornada o título, o FC Porto não pode perder no Estádio da Luz.

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