Foge Comigo!: há dez anos a desvendar o interior de Portugal

São guias com causas (a sustentabilidade) e geografias (o interior) muito vincadas. Um dia, porém, a editora Foge Comigo! quer abranger todo o país - por agora, os guias são dez e o lema é que o próximo guia será sempre o melhor.

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Editora Foge Comigo! celebra dez anos de guias de viagem sobre o interior de Portugal DR/Fernando Romão
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Editora Foge Comigo! celebra dez anos de guias de viagem sobre o interior de Portugal DR
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Editora Foge Comigo! celebra dez anos de guias de viagem sobre o interior de Portugal DR/Fernando Romão
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Editora Foge Comigo! celebra dez anos de guias de viagem sobre o interior de Portugal DR

No início foi uma “viagem ao universo de estrelas das Aldeias do Xisto; entretanto, “transformou-se num programa de viagens pelo interior de Portugal, pelas suas regiões ultra-periféricas” - “mesmo quando esse interior está no litoral”. Quem fala é o Papa-Figos, mas para simplificar diremos Diogo Carvalho - é como que o porta-voz do primeiro, que é o colectivo que produz guias turísticos “escritos em português e exclusivamente sobre territórios nacionais” editados pela Foge Comigo!, que por estes dias celebra os dez anos de vida. Desse primeiro guia-fundador pelas Aldeias de Xisto até ao mais recente, sobre a ilha Terceira, são dez os guias já editados, incluindo um com duas edições esgotadas (o tal primeiro) e outro que já vai na quinta edição (o da Estrada Nacional 2).

As capas amarelas com o símbolo Papa-Figos a “voar no topo” guardam os caminhos percorridos pela Foge Comigo!. Nestes dez anos: Aldeias do Xisto, Aldeias Históricas de Portugal, Alto Alentejo, Beira Baixa, Vouzela, Estrada Nacional 2, Elvas, Serra do Buçaco, Tomar e Ilha Terceira. Figueira da Foz, “para tentar demonstrar que este destino não é só areia, mar e sol”, Guarda, “porque as surpresas estão escondidas e eu vou à procura delas”, e Aldeias Piscatórias, “um ‘interior’ temperado com sal” são as próximas paragens. Não são escolhidas à toa. Se, territorialmente, a preferência é pelo interior, os guias só avançam quando existem fortes parcerias que representem esse território. A decisão é, portanto, “um compromisso entre um plano editorial de desejos, os meios disponíveis e as oportunidades que um dia surgem”, explica Diogo Carvalho por e-mail.

Se algo mudou ao longo destes anos de vida, foi o aprofundamento do compromisso com o turismo sustentável e responsável. O objectivo é sempre inovar sem perder de vista “o que terá de ser o turismo” - “dá muito trabalho, mas também dá muita satisfação estar na vanguarda do turismo do futuro”. “Hoje, a sustentabilidade está em cada opção e discreta ou militantemente em cada página”, assume: questões como a mobilidade sustentável (os guias dão todas as indicações e promovem por exemplo, as viagens de comboio para os destinos e as deslocações neles de bicicleta), a conduta responsável, o turismo “todo o ano” (e o tempo prolongado de estadia para melhor conhecer o destino) e o consumo de produções locais - “agora, sinto que posso desafiar os nossos parceiros e os nossos leitores para o jogo do comércio justo”.

A sustentabilidade está também “no papel” - literalmente. “Pensamos nas matérias-primas que utilizamos e por isso regeneramos espaços florestais”, explica. É a chamada “Floresta de destinos”, cujo objectivo é “compensar as emissões de dióxido de carbono geradas pelos trabalhos de produção e edição de cada guia”. Um guia corresponde a 1m2 de floresta - actualmente a floresta tem cerca de cinco hectares (“cinco campos de futebol”) e localiza-se a cem metros da sede da editora, em Vila de Barba, aldeia de Santa Comba Dão.

Não só a Foge Comigo! se dedica preferencialmente ao interior do país, como é ela própria um produto deste - a equipa (apenas duas pessoas a tempo inteiro e cinco colaboradores frequentes) está quase toda distribuída por esse mesmo interior, o trabalho faz-se à distância - numa rede virtual que une Guarda, Castelo Branco, Ponte de Sor, Lagos, Tomar e Coimbra. É daí que o Papa-Figos continuará as suas deambulações pelo país - e a ver o mapa de Portugal pintar-se de amarelo com os seus guias, cada um “uma paixão”. Sempre com o mesmo lema: “O próximo guia será o nosso melhor guia”.

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