Miguel Oliveira recupera e termina GP de Portugal em quinto

Piloto português saiu da 11.ª posição e galgou seis lugares. Fabio Quartararo foi o grande vencedor no Algarve.

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Reuters/PEDRO NUNES

Numa corrida feita de trás para a frente, Miguel Oliveira (KTM) terminou neste domingo o Grande Prémio (GP) de Portugal de MotoGP em quinto lugar. O piloto português partiu da 11.ª posição, rodou durante grande parte da corrida em sétimo e beneficiou, depois, de um despiste, a envolver Joan Mir e Jack Miller, que lhe permitiu subir mais dois degraus.

Oliveira fechou, assim, a prova bem dentro da zona pontuável (somou 11 pontos e tem agora 39), tendo emergido como vencedor o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que partiu da quinta posição da grelha para assumir o comando à terceira das 25 voltas, terminando o percurso em 41m39,611s.

​"Fui até o limite. Para ser sincero, senti-me muito bem, tive um arranque espectacular, consegui [vencer] e estou super-feliz. É a primeira vitória da temporada. Nunca desistir é o mais importante”, reagiu o vencedor.

Foi um fim-de-semana perfeito para Quartararo, que não só se tornou no primeiro piloto a bisar no Algarve (já tinha vencido em Portimão em 2021), como aproveitou na plenitude a desistência de Enea Bastianini (Ducati), líder do Mundial à entrada para este fim-de-semana. O francês assume, assim, o comando do campeonato, agora com 69 pontos, os mesmos que tem o espanhol Alex Rins (Suzuki), que cometeu a proeza de terminar em quarto lugar depois de ter partido da 23.ª posição.

Entre os dois concluíram a prova algarvia o francês Johann Zarco (Ducati), a 5,409 segundos, e o espanhol Aleix Espargaró (Aprilia), que foi terceiro, a 6,068s, completando o pódio.

Quanto a Miguel Oliveira, ficou a 13,573s do vencedor, após uma corrida sólida, em que recuperou terreno logo na primeira volta e acabou por tirar partido de alguns contratempos alheios. “Não fico animado quando termino em 11.º nas qualificações, mas temos de estar contentes, porque foi um resultado suado e merecido. Apesar de ter havido as duas quedas à frente, o resultado iria ser bom na mesma”, sintetizou.

Em declarações aos jornalistas presentes no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, o piloto português abordou o actual momento e as perspectivas futuras. “São sempre precisas duas pessoas para haver casamento. Da nossa parte, sentimos que temos o valor reconhecido na KTM. Dentro de semanas podemos ter mais novidades acerca disso”, sugeriu.

O oitavo lugar no Mundial de pilotos, num trajecto que já conta com um triunfo, no GP da Indonésia, contribui para o discurso cauteloso do piloto de Almada, ciente das limitações que a mota tem apresentado nesta temporada. “Conforme o campeonato está, não podemos criar expectativas sobre nada. É chegar ao fim de semana, perceber às sextas-feiras onde nos podemos colocar e criar o resultado a partir disso”.

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