Governo “sobrecapitalizou” Novo Banco face às exigências do BCE, acusa Bloco

Em 2020 e 2021, o BCE exigia ao Novo Banco um rácio de capital mínimo de 6%, que foi ultrapassado em ambos os anos. Mesmo assim, o banco continuou a pedir injecções de capital para elevar o rácio até ao patamar de 12% acordado com a Lone Star.

Foto
LUSA/RODRIGO ANTUNES

No início da pandemia, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu os habituais requisitos de capital mínimos exigidos aos bancos, de forma a mitigar o impacto da crise económica sobre o sistema financeiro. Contudo, durante este período, o Novo Banco continuou a pedir injecções de capital para cumprir os rácios previstos no mecanismo de capitalização contingente, mais elevados do que os patamares actualmente exigidos pelo regulador. Assim, e ainda que as injecções que acabaram por se concretizar tenham ficado abaixo do montante pedido pela instituição, o Governo terá “sobrecapitalizado” o Novo Banco, autorizando transferências para que o banco atingisse um rácio que, na verdade, não era exigível.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários