A França de Le Pen: da “onda azul” ao tsunami

Le Pen tem dialogado com os franceses que se abstêm por estarem insatisfeitos com a oferta política dos partidos tradicionais (agora pulverizados), afirmando-se como a candidata que consegue não só ouvir o cansaço coletivo pós-pandémico, mas, também, o desespero social dos perdedores da mundialização.

Marine Le Pen é a oponente ao atual Presidente Emmanuel Macron, na segunda volta das eleições presidenciais de 24 de abril. Pela terceira vez desde 2002, é possível que se assista à eleição de um dirigente de extrema-direita em França. À frente do partido fundado pelo seu pai, Jean-Marie Le Pen, em 1972, a filha mais nova planeou uma estratégia para romper com os estigmas da Front National, que mudou de nome em 2018 para Rassemblement National (RN). Apesar de ser a terceira força política desde os anos 90, o alargamento do espectro mais à direita, nacionalista, acompanhava-se de uma demonização, focada na figura do pai fundador. Este acabará por ser expulso do partido, em 2015, pelas suas declarações sobre o holocausto, entre outras.

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