Putin distingue “coragem e heroísmo” dos autores suspeitos do massacre em Bucha

Nesta segunda-feira, o Presidente russo condecorou a brigada militar acusada de ocupar Bucha e deixar para trás “o Inferno”.

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Exumação de corpos de uma vala comum em Bucha, com mais de 410 cadáveres Reuters/VOLODYMYR PETROV

Vladimir Putin condecorou, nesta segunda-feira, a brigada militar que terá sido responsável pelo massacre em Bucha, elogiando a sua “tenacidade e coragem”.

Um “heroísmo gigantesco” é como o Ministério da Defesa russo descreve as acções da 64.ª brigada do exército de Moscovo, identificada pelas autoridades ucranianas como uma das responsáveis pelos crimes cometidos durante a ocupação de Bucha.

Enquanto o Presidente ucraniano falou em “genocídio” e “crimes de guerra” na cidade, a Rússia alegou que os corpos deixados nas ruas seriam parte de uma “encenação” encomendada pelos Estados Unidos da América. Uma investigação do New York Times demonstrou, depois das acusações russas, que os cadáveres encontrados nas ruas nos primeiros dias de Abril estariam na mesma posição há mais de três semanas — ou seja, desde o início da ocupação pelas tropas russas, que terão deixado para trás um “Inferno".

Além de não reconhecer a autoria dos ataques em Bucha, na região de Kiev, a Rússia concedeu agora 0 título de “Guardas” aos militares da 64.ª Brigada de Fuzileiros Motorizados pela defesa dos “interesses da Pátria e do Estado”.

A distinção está habitualmente reservada às unidades militares que dão o maior contributo numa batalha, especialmente as que registam um grande número de perdas em combate.

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