Cartuxa de Évora: últimas oportunidades para visitar antes do regresso da clausura

O convento abriu-se a visitas pela primeira vez em 2020, após a saída nos últimos cartuxos. Últimas oportunidades decorrem entre 18 de Abril e 14 de Maio às terças e sábados. Depois será ocupado por outra comunidade religiosa.

,Fundação Eugénio de Almeida
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Cartuxa de Évora Jose Miguel Soares
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Cartuxa de Évora ENRIC VIVES-RUBIO
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Cartuxa de Évora ENRIC VIVES-RUBIO
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Cartuxa de Évora Rui Gaudêncio
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Cartuxa de Évora ENRIC VIVES-RUBIO

O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, conhecido como Convento da Cartuxa, vai receber as últimas visitas, este mês e em Maio, antes do regresso da clausura, com o acolhimento da nova comunidade religiosa.

Em comunicado, a Fundação Eugénio de Almeida (FEA), responsável pelo espaço, revelou hoje que estas visitas vão decorrer a partir do próximo dia 18 e até ao dia 14 de Maio.

Os visitantes vão poder “descobrir”, gratuitamente, este “local de oração e contemplação”, em visitas livres todas as terças e sábados, das 10h às 13h, ou em visitas guiadas mediante inscrição prévia.

“Neste momento de transição, a Fundação Eugénio de Almeida convida a participar nas últimas visitas guiadas ao mosteiro, numa oportunidade única de conhecer rituais, hábitos e exercícios espirituais praticados por quem o habitou”, pode ler-se.

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Cartuxa de Évora Enric Vives-Rubio

O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (Escada do Céu), na periferia da cidade, foi, “durante 60 anos, um espaço inacessível, marcado pela clausura, silêncio e recolhimento da comunidade de cartuxos”, lembrou a FEA.

Os últimos quatro monges da Ordem de São Bruno saíram no final de 2019, tendo o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelado, na altura, que o Convento da Cartuxa passaria a ser ocupado por monjas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.

A Cartuxa de Évora foi alvo de obras, para criar condições para acolher as irmãs desta comunidade religiosa, e, a 07 de Março do ano passado, as primeiras seis destas monjas realizaram a visita inaugural ao convento.

“Em breve”, a vida em clausura vai regressar ao mosteiro, mas antes a fundação quer dar a conhecer “este exemplar da arquitectura religiosa, ímpar em Portugal”.

Com construção iniciada em 1587, o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli foi o primeiro eremitério da Ordem da Cartuxa a ser construído em Portugal. Ao longo do tempo, teve diferentes utilizações, nomeadamente como Hospício de Donzelas Pobres de Évora, Escola Agrícola Regional e centro de lavoura da Casa Agrícola Eugénio de Almeida. Acabou por recuperar a sua função religiosa em 1960, “graças à intervenção de Vasco Maria Eugénio de Almeida”, relatou a FEA.

Após a saída dos últimos monges cartuxos, o mosteiro foi “palco” das primeiras visitas guiadas a 7 de Agosto de 2020, a que se juntaram depois diversas visitas abertas, promovidas pela FEA.

No dia 25 de Setembro de 2020, a Cartuxa de Évora “encheu-se” também de música e acolheu o primeiro concerto, com a actuação ao piano do músico e compositor Carlos Maria Trindade.

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