Bolieiro assegura apoio a São Jorge “sem protagonismos políticos”

José Manuel Bolieiro diz que é preciso dar prioridade à questão da protecção das populações e ter “a capacidade de reagir aos impactos socioeconómicos”.

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Reuters/PEDRO NUNES

O presidente do Governo dos Açores assegurou este sábado que o executivo açoriano está preparado para corresponder às necessidades efectivas das famílias e empresas de São Jorge, “sem protagonismos políticos de circunstância”.

José Manuel Bolieiro falava, na vila das Velas, na ilha de São Jorge, após o “briefing” diário para ponto da situação da crise sismovulcânica que se regista desde 19 de Março. O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) está este sábado em São Jorge para acompanhar o caso e reunir com a direcção da Câmara do Comércio da ilha.

Aos jornalistas, José Manuel Bolieiro reconheceu os impactos deste evento, que dura há mais de três semanas. “O Governo Regional está preparado para corresponder às necessidades efectivas”, salientou. Considera que é preciso dar prioridade à questão da protecção das populações e ter “a capacidade de reagir aos impactos socioeconómicos”. Vamos promover serenidade, responsabilidade, compromisso e solidariedade com toda a vida socioeconómica de São Jorge”, referiu.

Não se ficou por aí. “Houve um período e uma contingência que causou perda de rendimento e que continua. Agora há uma novidade que aumenta custos e nós temos de criar um esquema de apoio que corresponda à inclusão destas circunstâncias: perda de rendimentos só por si, aumento de custos só por si ou acumulados uns e outros”, devidamente comprovados”, explicou, lembrando as consequências que as famílias e empresários passaram devido à pandemia de covid-19 e recentemente com a situação da guerra na Ucrânia.

O chefe do governo regional assegurou que o executivo estará solidário e fará o acompanhamento de toda a situação “sem protagonismos políticos de circunstância”.O social-democrata realçou o “compromisso com a verdade” e “a transparência da informação”, numa atitude de “vigilância” à situação da crise sismovulcânica que “a ciência recomenda”, enaltecendo o “importante trabalho” que o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) tem vindo a desenvolver” para garantir uma “comunicação transparente e verdadeira” às populações.

José Manuel Bolieiro garantiu que o executivo regional nunca transmitiu qualquer situação de alarme para evacuações e o que fez “foi a deslocalização” de pessoas, de acordo “com o programa e a chamada prudência”, seguindo a vigilância permanente do CIVISA. “Nós não fazemos de uma crise, de uma instabilidade emocional e de ansiedade das populações um jogo de protagonismos políticos. Não aconselhamos, e até repudiamos, a tentativa dos protagonismos políticos de circunstância”, vincou, acrescentando haver “perfeita sintonia” entre todos os serviços da administração regional, as autarquias, em particular a de Velas, assegurando “a normalidade do funcionamento dos serviços”.

O chefe do executivo açoriano deixou ainda uma “palavra de gratidão” e de “reconhecimento a todas as instituições” envolvidas no acompanhamento da crise sismovulcânica em São Jorge, destacando o “enorme afinco” das instituições. “A capacidade instalada está conforme programado, a diligência, o acompanhamento. A rotação dos profissionais e das Forças Armadas e Forças de Segurança está a ser feita para que não se diminua qualquer capacidade e, pelo contrário, se renove e se fortaleça”, sublinhou.

A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

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